Conforme o delegado Alberto Tenório, um dos responsáveis pela "Operação Hollywood", a organização criminosa atuava desde 2011 e foi identificada a movimentação financeira da ordem de R$ 6,13 milhões pelo esquema fraudulento.
Durante a ação policial, nesta quarta-feira, foram apreendidos R$ 112 mil em dinheiro com integrantes do grupo criminoso. O delegado informou que foram bloqueados bens de pessoas da quadrilha no valor total de R$ 2, 5 milhões.
Um dos presos na operação, identificado como Lucas Rocha, divulgou fotos nas redes sociais, registrando viagens dele para destinos turísticos internacionais como as Bahamas; Paris, estação de esqui nos Alpes franceses, Nova York e Las Vegas (Estados Unidos).
Foram presas três pessoas em bairros de classe média/alta de Montes Claros. Um suspeito foi preso em Belo Horizonte. Houve também uma prisão no distrito de Serra das Araras, no município de Chapada Gaúcha, no Norte de Minas.
As investigações foram iniciadas há dois anos. De acordo com o delegado Alberto Tenório, inicialmente, em 2011, a quadrinha constituiu uma empresa do ramo banco de dados, que, na verdade, serviu para levantar informações de empresas e clientes, usadas para a clonagem dos cartões de crédito.
Na sequência, relata Tenório, os estelionatários passaram adotar uma tática em que colocam os nomes deles próprios nos cartões, mas ao mesmo tempo com dados das vítimas (com CPF, por exemplo), para fazer compras pela internet.
O delegado disse a organização criminosa também usou informações de pessoas falecidas para “fabricar” cartões de crédito falso. De acordo com as investigações, com os cartões clonados e falsificados, os fraudadores fizeram inúmeras compras pela internet, adquirindo produtos como telefones celulares e equipamentos odontológicos, que também eram revendidos por eles.
Alberto Tenório disse que ainda não foi quantificado o número de instituições financeiras e pessoas que foram vítimas da clonagem de cartões de crédito.