As fortes tempestades que vêm atingindo a capital mineira - e até provocando alguns estragos - neste mês de novembro viraram motivo de alerta a população. Não é para menos: apesar de as chuvas serem esperadas para esta época do ano na cidade, as tempestades não costumam ser típicas desta estação.
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"Apesar disso, o acumulado de chuvas está dentro da média esperada para o mês de novembro. Onde já ultrapassou a média histórica, como é o caso da Região Leste, é um fator isolado. De maneira geral, na maior parte dos locais ainda choveu abaixo do esperado", completa Reis.
De maneira geral, segundo a estação de medição do Inmet do Bairro Santo Agostinho, o acumulado de chuvas parcial do mês de novembro para BH está em 159,6mm, ante 239,8mm da média histórica. Os dados mais específicos da Defesa Civil da capital, entretanto, mostram que essa distribuição não é uniforme:
- Barreiro: 167,8 mm (70% do esperado para o mês)
- Centro Sul: 221,6 mm (92,4%)
- Leste: 250,8 mm (104,6%)
- Nordeste: 163 mm (68%)
- Noroeste: 177,8 mm (74,1%)
- Norte: 125,2 mm (52,2%)
- Oeste: 161,4 mm (67,3%)
- Pampulha: 164,6 mm (68,6%)
- Venda Nova: 156,4 mm (65,2%)
Vai ficar assim?
Para esta quinta-feira (19) ainda há possibilidade de tempestades na capital. Entretanto, a tendência é a perda de força dessas chuvas muito fortes.
"Com o avanço da frente fria para o norte do Espírito Santo, as tempestades devem ser mais frequentes no Norte e Noroeste e vales do Jequitinhonha e Mucuri", esclarece Claudemir de Azevedo, meteorologista do 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Apesar disso, as chuvas ainda devem se manter presentes na capital. "Pode ser que dê uma trégua, mas ainda há chances de chuvas mais isoladas e pontuais, como é típico de primavera", completa.
O céu encoberto que também se tornou rotina na capital também deve dar uma trégua. "Como são pancadas isoladas, o sol até pode abrir um pouco, mas predomina o céu parcialmente nublado a nublado", conclui Azevedo.
As temperaturas seguem amenas e só devem começar a subir em dezembro - ainda assim, nada perto do calorão visto entre setembro e outubro.
E dezembro?
A perspectiva é que dezembro tenha temperaturas mais amenas e chuvas abaixo da média. "A primeira quinzena deve ter mais chuva, mas, em geral, deve ficar abaixo da média. Volta o calor, o céu aberto e também os temporais", estima Ruibran dos Reis.
A primavera chega ao fim no dia 21 de dezembro deste ano, quando começa o verão.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.