Uma escola preparatória para concursos públicos vai fazer um aulão, para 60 alunos, como forma de protesto pelo fechamento das escolas e demais instituições de ensino, em razão da pandemia do coronavírus. O evento vai acontecer neste sábado (20), das 16h às 20h30, no Muu Bar, localizado no Bairro Carmo, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A empresa prepara alunos para concursos públicos há 10 anos, para carreiras policiais, administrativas e jurídicas.
“Em decorrência das escolas em BH estarem fechadas, os (cursinhos) preparatórios para concurso público estarem fechados, porém, os bares, as casas noturnas e demais estabelecimentos continuam abertos. Então, nosso evento tem como objetivo trazer conteúdo para quem está estudando para concurso público. Aqueles que estão aguardando o edital da Polícia Penal e da Polícia Militar, que são os próximos editais das carreiras policiais em Minas Gerais”, explica Thalisson Faleiro, advogado criminalista e diretor do curso Monster presencial.
Além disso, segundo ele, a aula seria uma forma de protesto, para chamar a atenção das autoridades e fazer com que essa situação possa ser reavaliada.
Carreata de pais e professores
A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou na última terça-feira (17) o protocolo de retorno às aulas para o ensino fundamental, médio e superior. Apesar disso, não apresentou uma data definida para a reabertura das escolas, que estão fechadas desde março por causa do risco de contágio do novo coronavírus.
Diante da indefinição, pais de estudantes e educadores convocaram para este sábado (21), às 9h, uma carreata com o objetivo de mobilizar as autoridades para que o retorno às aulas seja facultativo e seguro para todos. Os motoristas devem se encontrar na Avenida Agulhas Negras, no Mangabeiras, de onde vão seguir em direção à Avenida Afonso Pena, passando em frente ao Palácio das Artes e ao Parque Municipal. O destino final será a prefeitura.
Sindicato
Já o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SIND-REDE/BH) é contra a reabertura das escolas neste momento. Os profissionais de educação do município votaram, mais de uma vez, em assembleias virtuais e decidiram adotar posicionamento contrário ao retorno presencial das atividades até que a pandemia esteja controlada. Caso isso aconteça, o sindicato promete uma greve dos trabalhadores da rede municipal.
Protocolo
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, cada sala poderá ter, no máximo, 12 alunos e o distanciamento entre eles deve ser de 2 metros, com lugares marcadas no chão. Entre uma aula e outra, deve ser feito um intervalo de 15 minutos para que os alunos possam circular por áreas abertas.
Os estudantes devem evitar a troca de material entre si e o uso de brinquedos compartilhados. A prioridade no retorno será dos alunos que estão sendo alfabetizados ou que tenham dificuldades com estudos mediados.
Professores e colaboradores pertencentes ao grupo de risco não poderão trabalhar de forma presencial. Os profissionais que costumam ter mais contato com os alunos devem utilizar protetor facial.
Além disso, se possível, as refeições devem ser entregues e feitas em sala de aula. Caso algum aluno espirre durante a alimentação, o espaço deve ser completamente higienizado.
No caso da alimentação ser em refeitórios, os alunos devem respeitar a distância mínima de 2 metros. É recomendado uso de talheres descartáveis, saleiros e potes de molho devem ser retirados das mesas. As lanchonetes e restaurantes que ficam dentro das escolas devem observar o protocolo de bares e restaurantes.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.