A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu inquérito para apurar a tortura física e psicológica de uma mulher de 37 anos pelo marido, um policial militar de 41. O crime ocorreu em Montes Claros, na Região Norte do estado.
A vítima relatou aos policiais que pulou de um carro em movimento para fugir do homem após uma sessão brutal de agressões, que incluiria ingestão de cacos de vidro, pisoteamento, murros e cortes pelo corpo. A violência teria sido motivada por ciúme.
Levada a um matagal em Cabeceiras, a vítima foi torturada por mais de uma hora pelo PM. Em depoimento concedido na Delegacia de Plantão da Polícia Civil de Montes Claros, ela contou que foi obrigada a inserir cacos de vidro na boca, teve as roupas e as solas dos pés cortadas com pedaços de cerâmica, foi pisoteada, teve os cabelos puxados e levou vários golpes com um osso de boi.
Fuga
O suspeito então obrigou a esposa entrar no carro e dirigiu rumo à cidade. Quando ele passou em frente ao Hospital Aroldo Tourinho, no Bairro Edgar Pereira, ela conseguiu pular do carro em movimento e correu em direção ao estabelecimento, onde pediu ajuda.
Fragilizada, a vítima desmaiou. Os médicos e, posteriormente, o Instituto Médico Legal, constataram lesões graves no corpo dela, que foi medicada, submetida a exames e já foi liberada. A mulher solictou uma medida protetiva contra o companheiro que, segundo a PCMG, a espancava desde 2012.
O agressor foi preso na casa da mãe. Segundo a PM, ele resistiu à prisão e chegou a machucar um dos policiais mobilizados para capturá-lo.