Com um santuário reconhecido como Patrimônio da Humanidade e palco de obras-primas que glorificam a arte de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), Congonhas, na Região Central do estado, terá nesta segunda-feira (23) um dia especial para se orgulhar ainda mais da sua história e valorizar os monumentos.
Após obras de restauração e requalificação, será entregue à comunidade o Centro Cultural da Romaria, complexo construído em 1932 e alvo de investimento de R$ 6 milhões por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo e à Secretaria Especial da Cultura.
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Tiradentes restaura patrimônio histórico em meio à pandemia da COVID-19MP pede que Vale proteja o patrimônio Cultural, Histórico e Turístico de Barão de CocaisCongonhas vai replicar profetas de AleijadinhoPrevisão para BH: tempo fechado prevalecerá no início da semanaÀ cerimônia de reinauguração, às 14h, no local, estarão presentes o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a presidente do Iphan, Larissa Peixoto, a superintendente em Minas do Iphan, Débora do Nascimento França, e o prefeito local José de Freitas Cordeiro (PSDB).
Mesmo em meio aos impactos da pandemia de COVID-19, diz o ministro, o governo federal manteve a agenda de investimentos no país, "entendendo a essencialidade de aprimorar as condições de infraestrutura, incluindo os nossos destinos turísticos”.
Para a presidente do Iphan, Larissa Peixoto, a iniciativa reforça o papel do instituto na preservação e garantia da história e patrimônio cultural do Brasil. “Garantimos a memória da nossa história e do patrimônio daquilo que temos de mais rico no país. É uma forma de devolver à população parte da sua história”, ressaltou.
Para a presidente do Iphan, Larissa Peixoto, a iniciativa reforça o papel do instituto na preservação e garantia da história e patrimônio cultural do Brasil. “Garantimos a memória da nossa história e do patrimônio daquilo que temos de mais rico no país. É uma forma de devolver à população parte da sua história”, ressaltou.
O prefeito de Congonhas conta que conseguiu aprovar 10 ações no PAC Cidades Históricas elaborando projetos com recursos próprios, o que foi o diferencial.
"Desde 2016, Congonhas tem recebido, graças a esse trabalho, obra de restauração e qualificação de bens tombados e espaços a céu aberto em ambiência histórica. A Romaria é um prédio imponente e bonito. Em 1995 foi construído tal qual o original, com projeto do arquiteto Sylvio de Podestá. Agora, novamente com projeto dele, requalificamos, com recursos do Iphan, um espaço destinado às atividades culturais", afirmou Cordeiro.
"Desde 2016, Congonhas tem recebido, graças a esse trabalho, obra de restauração e qualificação de bens tombados e espaços a céu aberto em ambiência histórica. A Romaria é um prédio imponente e bonito. Em 1995 foi construído tal qual o original, com projeto do arquiteto Sylvio de Podestá. Agora, novamente com projeto dele, requalificamos, com recursos do Iphan, um espaço destinado às atividades culturais", afirmou Cordeiro.
Turismo religioso
De acordo com o Iphan, as obras consistiram na restauração do Centro Cultural da Romaria e na construção do Teatro Municipal, integrados ao Parque Ecológico da Romaria. Foram feitos ainda o calçamento de pisos e arquitetada a infraestrutura elétrica, hidráulica, de áudio e de vídeo.
O turismo religioso sempre foi forte em Congonhas, especialmente no período de 7 a 14 de setembro, quando ocorre a centenária peregrinação ao Santuário Basílica Senhor Bom Jesus de Matosinhos, reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O turismo religioso sempre foi forte em Congonhas, especialmente no período de 7 a 14 de setembro, quando ocorre a centenária peregrinação ao Santuário Basílica Senhor Bom Jesus de Matosinhos, reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Erguido em forma circular, o Centro Cultural da Romaria fica na Alameda Cidade de Matosinhos de Portugal, no Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Congonhas, tombado pelo Iphan em 1941.
Até o início da década de 1960, o prédio era usado como pousada de romeiros e fiéis. Vendido a um grupo empresarial, chegou a ser demolido, restando apenas os pórticos de entrada do antigo prédio, estruturas essas tombadas pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).
Mas, em 1995, novamente de posse da prefeitura, o pórtico foi restaurado, com reconstrução de algumas salas, além do Museu de Mineralogia e Arte Sacra e restaurante.
Até o início da década de 1960, o prédio era usado como pousada de romeiros e fiéis. Vendido a um grupo empresarial, chegou a ser demolido, restando apenas os pórticos de entrada do antigo prédio, estruturas essas tombadas pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).
Mas, em 1995, novamente de posse da prefeitura, o pórtico foi restaurado, com reconstrução de algumas salas, além do Museu de Mineralogia e Arte Sacra e restaurante.
Parque
Também por meio do Iphan, o Ministério do Turismo vai investir R$ 6 milhões nas obras de construção do Parque da Romaria de Congonhas, que deve ser entregue no primeiro semestre de 2022 e está sendo erguido entre os principais monumentos da cidade, como o Museu Congonhas e o santuário.
O objetivo, conforme a direção do Iphan, é aliar a conservação ambiental a atividades de lazer, culturais e turísticas, com a oferta de um borboleteio, orquidário, trilhas, entre outras atrações. De forma a interligar os espaços culturais existentes, como o próprio Centro Cultural da Romaria, o Teatro Municipal que está sendo construído e o Museu de Congonhas.
Congonhas é uma das mais de 2 mil cidades brasileiras que integram o Mapa do Turismo, iniciativa do Ministério do Turismo que identifica os municípios com vocação turística ou impactados pelo setor de viagens, mapeando as necessidades de investimento e facilitando a destinação de recursos federais para fomentar o setor.
Referência nacional
Congonhas se destaca como referência nacional em gestão do conjunto histórico. A avaliação foi de especialistas presentes ao Seminário Internacional Gestão de Sítios Culturais do Patrimônio Mundial no Brasil, promovido, em agosto de 2018, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na cidade de Goiás (GO).
O exemplo decorreu da apresentação, em tempo hábil, dos projetos de restauro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos e outros bens e posterior aplicação dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas, com transparência.
O exemplo decorreu da apresentação, em tempo hábil, dos projetos de restauro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos e outros bens e posterior aplicação dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas, com transparência.