Jornal Estado de Minas

BLACK DOLPHIN

Polícia Civil combate pornografia infantil e 54 pessoas são presas, sendo três em Minas Gerais

Um homem de 34 anos foi preso em Lavras, no Sul de Minas, durante operação Black Dolphin, que combate a pornografia infantil nesta quarta-feira (25).



Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa voltada ao armazenamento e comercialização de material do ramo, além do aliciamento sexual de crianças. Além de Minas Gerais, o trabalho se estende para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Ao todo, 54 pessoas foram presas e pelo menos três são de Minas Gerais.

 

De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram em 2018, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. “Operação de inteligência prendeu em São Paulo um indivíduo que pretendia levar a sobrinha para a Disney e vendê-la com abusadores russos, alegando que ela teria desaparecido no parque”, afirma Polícia Civil.

 

Durante a investigação, os policiais fizeram ronda em mais de 20 comunidades virtuais. “Foram encontrados mais de 10.000 contas de e-mail, cinco nuvens exclusivas com imagens abusos infantis, abrigadas em países do leste europeu. Foram encontrados predadores que produzem, compram e vendem material de abuso infantil, sequestro e tráfico de crianças para abusos”, explica.





 

Além de Minas Gerais, o trabalho se estende para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (foto: PCSP/divulgação)
Em 2019, a Polícia Civil identificou o 'nick name' de um provável chefe da organização criminosa. “Dizia que estavam protegidos pelo anonimato e que as leis brasileiras são ridículas. Afirmava que no Brasil não tinha prisão para segurá-los. Somente a Colônia número 6 Russa, conhecida como Black Dolphin, poderia detê-los. Essa prisão localiza-se junto à fronteira do Cazaquistão, abriga somente presos condenados à prisão perpétua e é conhecida pelo rigor no tratamento dos detentos”, diz.

 

Este ano, os policiais descobriram que esse possível chefe identificado tinha residência no Brasil. Em agosto, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial pela Delegacia Seccional de Polícia de São José do Rio Preto. O trabalho permitiu a quebra de sigilo telemático dos envolvidos e expedidos os mandados de busca e apreensão. “Foi perfilado como machista, autoritário e possessivo”, ressalta.

 

Além de Minas Gerais e São Paulo, o trabalho da Polícia Civil também se estendeu para os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. "Mais de mil policiais e 225 mandados foram cumpridos nos quatro Estados”, diz o delegado Pedro Paulo Marques, chefe do 6º Departamento de Polícia Civil de Minas Gerais.





   

Em Lavras, a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão na cada de um homem de 34 anos, suspeito de integrar uma organização criminosa voltada ao armazenamento e comercialização de material de pornografia infantil, além do aliciamento sexual de crianças.

 

De acordo com a polícia, o homem é técnico em construção predial e acessava comunidades anônimas na internet para compartilhar imagens pornográficas. O suspeito foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Lavras. "Ele foi preso em casa, quando saia para trabalhar. O material apreendido foi encaminahdo para perícia. Na casa, ele negou o crime, mas na delegacia disse que mantinha o material", afirma. 

 

Ao todo 54 pessoas foram presas durante a operação e pelo menos três são de Minas Gerais.

 

 

 

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