Enxadas, machados, martelos e pedaços de ferro e madeira foram os instrumentos usados para matar um homem de 32 anos em 18 de outubro no Bairro Castelo, Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Ele era um dos moradores do edifício ocupado irregularmente na Rua Castelo de Ajuda, que pegou fogo em 4 de novembro. Quatro pessoas foram presas suspeitas do crime e uma quinta é procurada. A Polícia Civil deu mais detalhes do caso em uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira.
Os suspeitos detidos, três homens e uma mulher com idades entre 20 e 30 anos, também viviam no prédio inacabado. O homem que morreu trabalhava em uma oficina de lanternagem e tinha dois filhos. De acordo com as investigações, o atrito começou quando o furto de um celular foi atribuído à vítima. Houve uma discussão e os suspeitos partiram para as agressões, usando ferramentas que estavam na obra de uma garagem que seria feita no prédio.
“A esposa de um dos presos teve essa discussão por causa do celular com a vítima. Em um primeiro momento ela chamou dois, e começou uma discussão e agressão, e depois chegaram os outros”, detalhou o delegado Guilherme Catão.
Quase 40 famílias viviam no prédio, chamado de Ocupação Marielle Franco. Após o incêndio, os suspeitos do crime se dispersaram. O homem que é procurado pela polícia tem 31 anos.
Na coletiva, o subinspetor Caetano Neto disse que a polícia recebeu várias denúncias anônimas contra os investigados, e que os moradores da ocupação temiam o grupo. “Foram importantes essas denúncias anônimas, que demonstraram a periculosidade dos envolvidos no crime”, comentou.