O crescimento dos indicadores que norteiam a situação do novo coronavírus em Belo Horizonte — como o número de casos e mortes — tem preocupado a administração municipal. Nesta quarta-feira, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) garantiu que “baderneiros”e descumpridores das restrições tomadas ante a pandemia podem ser presos. Donos de estabelecimentos que estiverem ignorando medidas como o distanciamento serão detidos se resistirem ao fechamento de suas portas.
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“Às pessoas que insistirem em não fechar (seus estabelecimentos, há vários ordenamentos jurídicos que garantem o poder de polícia da prefeitura”, sustentou. "Chegou o momento das pessoas entenderem que, se elas não colaborarem, o Estado vai adotar medidas mais fortes: o fechamento (do estabelecimento) e, se houver resistência, a prisão”, completou.
Comandante do policiamento em BH, Webster Wadim explicou que o objetivo primário da fiscalização é conscientizar os belo-horizontinos sobre a necessidade do respeito às medidas preventivas. “Esperamos não precisar chegar a esse extremo. Tenho certeza que a população vai atender ao pedido do prefeito, se conscientizar e cumprir os regramentos”, projetou.
Falando sobre o “poder de polícia” dado à PBH, Kalil alertou que a falta de cooperação pode trazer prejuízos à economia local. “Que os comerciantes tomem conta. Caso contrário, não vamos chegar até o Natal. Amanhã poderemos estar aqui fechando tudo”, sentenciou.
Apelo por uso de máscaras
Durante a entrevista, integrantes da administração municipal falaram sobre a importância das máscaras faciais. O secretário de Saúde, Jackson Machado Pinto, cobrou esforços da população na fiscalização.
“Fiscalizo quem está perto de mim. Todos têm que fazer isso. Não entraria em um ônibus e me sentaria ao lado de quem está sem máscara”, exemplificou.
Sérgio Prates, responsável por comandar os guardas municipais belo-horizontinos, disse que multas continuarão sendo aplicadas aos que se recusarem a colocar a proteção.
“Não é papel dos órgãos de fiscalização ter uma postura que afronte o direito de ninguém, mas não nos furtaremos a continuar nesse esforço. É preciso que, individualmente, a gente volte a ter medidas que, no início, eram percebidas como esforço coletivo”, pediu.