O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e os integrantes do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 concederam entrevista coletiva nesta quarta-feira (25) no Salão Nobre da prefeitura. Durante sua primeira entrevista depois das eleições, Kalil abordou a crise causada pela pandemia, adotou discurso enérgico e ameaçou a fechar novamente o comércio da cidade caso a população não tome os cuidados necessários na prevenção do novo coronavírus. Confira as frases mais marcantes da entrevista:
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Kalil prega respeito à COVID-19 e diz que 'baderneiros' podem ser presos; entenda'Pressão sobre leitos privados em BH é maior que no SUS', diz PBH'Classes A e B chutaram o pau da barraca'; PBH vai monitorar festas e eventos clandestinos pelas redes sociaisCOVID-19 em BH: 'Notinha e multinha acabaram; vamos lacrar estabelecimentos', diz Kalil sobre fiscalização'Irresponsáveis' criticados, prisão de 'baderneiros' e vacina: o que Kalil falou sobre a COVID-19 em BHCDL e Fecomércio pedem para comerciantes respeitarem as regras da PBH: 'Não é o momento de relaxamento'COVID-19 em BH: leitos têm leve queda na ocupação, mas taxa de incidência sobeCOVID-19: Divinópolis desativa 15 leitos do Hospital de CampanhaConfira como vai funcionar o comércio de BH até o Natal- Guerra - “Em março, disse aqui neste mesmo lugar que estávamos em guerra. Eles foram buzinar na porta da minha casa. No Vietnã, apesar de os asiáticos terem morrido aos milhões, 50 mil e poucos americanos morreram. Há irresponsabilidade. (Segundo o governo americano, os Estados Unidos registraram 258 mil mortos. Ao longo das duas décadas de Guerra no Vietnã, 58.220 mil americanos morreram no combate)."
- Novo isolamento - “O relaxamento, a falta de empatia e ignorância podem nos levar ao fechamento total da cidade novamente. Vamos falar que não vamos fechar a cidade ainda."
- Baderna - "A irresponsabilidade nos levará a um grande prejuízo. Se nos bares não fiscalizarem a baderna, acabou a notificação. Agora, vamos fechar a porta dos irresponsáveis.”
- Eleições - “A população respondeu nas urnas o que ela pensa de fechar a cidade."
- Lockdown e pressão - “Estou recebendo uma pressão muito forte agora para fechar a cidade. A situação é muito grave. Uma pena que eu tenha que voltar aqui. Se não tomarem conta, nós vamos fechar a cidade."
- Poder de polícia - “Vamos ajudar, porque o poder público vai virar poder de polícia. Que os comerciantes tomem conta, se não, não vamos chegar até o Natal. Amanhã poderemos estar aqui fechando tudo."
- Vacina à vista - "Estamos com a luz no fim do túnel. Estamos a dois meses de uma vacina. A prefeitura vai comprar vacina se for necessário. Mas estamos armados. Não há risco de ficar sem vacina. Estamos com dinheiro separado para compra."
- Dinheiro em caixa - "Não costumo dar números, mas a PBH está muito bem administrada. Temos situação financeira muito confortável hoje em BH. Seja qual vacina for, temos o dinheiro necessário para imunizar."
- Alfinetada no governo federal - "Não vamos pôr a mão no dinheiro até o Brasil conhecer qual será o critério de imunização que está na boca de sair aí. Mas Belo Horizonte não terá problema caso haja maluquice de pela primeira vez na história o governo federal não soltar a vacina para o Brasil inteiro.
- Fim da 'multinha' e prisões - "Começamos, hoje, para o próximo fim de semana, uma nova fiscalização. A ‘notinha’ e a ‘multinha’ acabaram; agora, vamos lacrar estabelecimentos. Estamos avisando aos baderneiros: vão ser presos. Monitoramos as redes sociais."
- Carga pesada - “Agora vamos fechar as portas dos irresponsáveis. Temos total apoio da PM. Chega de botar no ‘lombo’ do Kalil molecagem e irresponsabilidade."
- Segunda onda - “Não estamos na segunda onda. Estamos na baderna e na irresponsabilidade."
*Estagiária sob supervisão