Nessa terça-feira (24), um dia antes da entrevista coletiva convocada pela Prefeitura de Belo Horizonte para pedir a colaboração dos cidadãos no combate ao novo coronavírus, o comitê instituído pela administração municipal para enfrentar a doença se reuniu para discutir o rumo das restrições. Em pauta, duas possibilidades: dar passos atrás na flexibilização das atividades econômicas ou manter a capital no nível atual. A votação sobre o caminho a ser escolhido terminou empatada. Acabou prevalecendo a segunda probabilidade.
Durante a entrevista coletiva desta quarta-feira (25), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) revelou a igualdade no placar, mas garantiu que a cidade pode ser “fechada” se houver nova piora nos indicadores que norteiam a situação da COVID-19 em BH.
“Ninguém tem medo de fechar a cidade. Na reunião feita ontem (terça), houve um empate. Metade já queria anunciar o fechamento hoje. A outra metade acha que devemos dar uma chance à população”, afirmou.
O prefeito não revelou o voto dado por ele, mas reiterou que as decisões são tomadas de forma coletiva. Desde o início da pandemia, Kalil deu diversas declarações enfatizando o papel do grupo de infectologistas na definição dos rumos da cidade. O comitê é liderado pelo secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, médico.
“O prefeito deu voto como todos os que foram chamados à reunião. Não foi ele que falou que não ia fechar. Como o voto foi secreto, o meu não interessa. Mas todo mundo escreveu o que achava”, completou Kalil.
De acordo com o mais recente boletim divulgado pela PBH, publicado nessa terça (24), a cidade soma são 53.115 pessoas infectadas pela COVID-19 e 1.622 óbitos em virtude da doença. O documento contabilizou 245 novos casos e oito mortes em relação ao levantamento anterior, datado de segunda (23).
A ocupação de leitos de terapia intensiva está em 40,4%, enquanto 38,1% das vagas de enfermaria têm pacientes. No começo da semana passada, os índices estavam em 31,8% e 29,8%, respectivamente. Os dois parâmetros permanecem na fase controlada, abaixo dos 50%, mas a alta progressiva requer atenção da população para que sejam redobrados os cuidados com a pandemia.
Ainda conforme o boletim dessa terça, a incidência de COVID-19 acumulada nos últimos 14 dias, por 100 mil habitantes, aumentou de 89,9 para 90,9. O índice é o maior já registrado em novembro e está muito distante dos 20 casos que delimitam a faixa de baixo risco, de acordo com órgãos de saúde. É o limite que a prefeitura utiliza para, por exemplo, retomar as aulas presenciais.
Em contrapartida, a taxa de transmissão, também conhecida por Rt. Isso porque o índice caiu de 1,09 para 1,08. Na semana passada, o número chegou a 1,13, o maior já registrado desde o começo de julho. Atualmente, cada 100 pessoas infectadas são capazes de passar a doença para outras 108. A taxa de transmissão volta para a fase 'verde', ou seja, de controle, abaixo de 1.
A reabertura do comércio em Belo Horizonte foi feita de forma gradual, dividida em três fases. Na primeira, no início de agosto, foram contemplados todo o comércio varejista e atacadista, salões de beleza, shoppings e galerias de loja. No caso dos shoppings, inicialmente houve limitação de horários nos fins de semana, já que a autorização para funcionamento seria apenas de terça-feira a sexta-feira, das 12h às 20h.
Na segunda fase, a partir de 21 agosto, foram liberados os restaurantes, contudo sem venda de bebidas alcoólicas. Somente em setembro que os bares foram liberados a funcionar e vender bebidas, depois de acordo entre a prefeitura de Belo Horizonte e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), mediado pela Justiça. Durante esse período, houve várias flexibilizações no protocolo, como liberação dos shows (a partir de setembro) e autorização para abertura durante todos os dias.
Posteriormente, atividades da fase 3 foram incluídas no programa de abertura. Academias, museus, zoológicos e cinemas foram gradativamente liberados, com restrições quanto ao número de pessoas e de espaço, com obrigação de manter os cuidados de higiene e isolamento.
Durante a entrevista coletiva desta quarta-feira (25), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) revelou a igualdade no placar, mas garantiu que a cidade pode ser “fechada” se houver nova piora nos indicadores que norteiam a situação da COVID-19 em BH.
“Ninguém tem medo de fechar a cidade. Na reunião feita ontem (terça), houve um empate. Metade já queria anunciar o fechamento hoje. A outra metade acha que devemos dar uma chance à população”, afirmou.
O prefeito não revelou o voto dado por ele, mas reiterou que as decisões são tomadas de forma coletiva. Desde o início da pandemia, Kalil deu diversas declarações enfatizando o papel do grupo de infectologistas na definição dos rumos da cidade. O comitê é liderado pelo secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, médico.
“O prefeito deu voto como todos os que foram chamados à reunião. Não foi ele que falou que não ia fechar. Como o voto foi secreto, o meu não interessa. Mas todo mundo escreveu o que achava”, completou Kalil.
Estatísticas da COVID-19 em BH
De acordo com o mais recente boletim divulgado pela PBH, publicado nessa terça (24), a cidade soma são 53.115 pessoas infectadas pela COVID-19 e 1.622 óbitos em virtude da doença. O documento contabilizou 245 novos casos e oito mortes em relação ao levantamento anterior, datado de segunda (23).
A ocupação de leitos de terapia intensiva está em 40,4%, enquanto 38,1% das vagas de enfermaria têm pacientes. No começo da semana passada, os índices estavam em 31,8% e 29,8%, respectivamente. Os dois parâmetros permanecem na fase controlada, abaixo dos 50%, mas a alta progressiva requer atenção da população para que sejam redobrados os cuidados com a pandemia.
Ainda conforme o boletim dessa terça, a incidência de COVID-19 acumulada nos últimos 14 dias, por 100 mil habitantes, aumentou de 89,9 para 90,9. O índice é o maior já registrado em novembro e está muito distante dos 20 casos que delimitam a faixa de baixo risco, de acordo com órgãos de saúde. É o limite que a prefeitura utiliza para, por exemplo, retomar as aulas presenciais.
Em contrapartida, a taxa de transmissão, também conhecida por Rt. Isso porque o índice caiu de 1,09 para 1,08. Na semana passada, o número chegou a 1,13, o maior já registrado desde o começo de julho. Atualmente, cada 100 pessoas infectadas são capazes de passar a doença para outras 108. A taxa de transmissão volta para a fase 'verde', ou seja, de controle, abaixo de 1.
Fases de flexibilização
A reabertura do comércio em Belo Horizonte foi feita de forma gradual, dividida em três fases. Na primeira, no início de agosto, foram contemplados todo o comércio varejista e atacadista, salões de beleza, shoppings e galerias de loja. No caso dos shoppings, inicialmente houve limitação de horários nos fins de semana, já que a autorização para funcionamento seria apenas de terça-feira a sexta-feira, das 12h às 20h.
Na segunda fase, a partir de 21 agosto, foram liberados os restaurantes, contudo sem venda de bebidas alcoólicas. Somente em setembro que os bares foram liberados a funcionar e vender bebidas, depois de acordo entre a prefeitura de Belo Horizonte e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), mediado pela Justiça. Durante esse período, houve várias flexibilizações no protocolo, como liberação dos shows (a partir de setembro) e autorização para abertura durante todos os dias.
Posteriormente, atividades da fase 3 foram incluídas no programa de abertura. Academias, museus, zoológicos e cinemas foram gradativamente liberados, com restrições quanto ao número de pessoas e de espaço, com obrigação de manter os cuidados de higiene e isolamento.