Pará de Minas, cidade localizada no Centro-Oeste mineiro, tem visto o crescimento dos casos de COVID-19 e o governo municipal não descarta um retrocesso de onda para conter o avanço da doença. De acordo com o boletim epidemiológico municipal desta quinta-feira (25), a cidade registrou 15 novos casos em apenas 24 horas. Por causa do expressivo aumento, a prefeitura não descarta regredir de onda e voltar a restringir algumas atividades comerciais.
No total, Pará de Minas apresenta 916 casos confirmados de coronavírus e 24 óbitos desde o início da pandemia. Somente no mês de novembro foram 172 novos casos positivos da doença. Esse número já é maior do que todo o mês de outubro, que registrou 156 novos casos de COVID-19.
Pela média diária, novembro já tem registra um aumento de 36,8%, passando de cinco casos por dia em outubro para quase sete este mês. O número de novos óbitos em novembro já se iguala ao mês passado, somando quatro em cada período.
Em virtude desse aumento, o procurador jurídico municipal, Hernando Fernandes da Silva, informou que na próxima reunião do Comitê de Prevenção à COVID-19, dia 30, pode ser decretado um retrocesso na flexibilização. Atualmente, a cidade se encontra na Onda Verde do Plano Minas Consciente.
“Provavelmente na próxima reunião, conforme a situação, pode ser que ocorra queda de flexibilização. Isso vai depender a onda que a nossa macro e microrregião estiver. O Comitê tem acompanhado, estudado. O Comitê não precisa se reunir diariamente para discussão. Vamos nos reunir novamente dia 30 para estudar se é necessário para reduzir a flexibilização”, afirmou o procurador em entrevista a um rádio local.
Hernando anunciou ainda que a prefeitura está se articulando para aumentar o quantitativo de fiscais nas ruas para monitorar se os comerciantes estão respeitando as medidas impostas pelos decretos municipais.
“Temos fiscais e dois veículos que estão rodando pela cidade, verificando o cumprimento do último decreto. Vamos aumentar o número de agentes e reunir várias secretarias para voltar ao trabalho conjunto que era feito. Falta ainda a colaboração de muitos , que não entenderam a gravidade e que a pandemia ainda não foi embora. Gente, é preciso usar máscara, é preciso usar álcool em gel, é preciso evitar aglomeração!”, alertou.
Coincidentemente, o secretário municipal de Saúde, Wagner Magesty, confirmou que foi infectado pelo coronavírus. A Prefeitura confirmou que ele testou positivo na manhã desta quarta-feira (24). O secretário procurou atendimento no Hospital Municipal Padre Libério, apresentando tosse e ligeira congestão nasal. Na unidade de saúde, foi aconselhado pelos médicos a adotar os protocolos de segurança e isolamento.
Em nota, a administração municipal informou ainda que Magesty está bem, com sintomas leves, como sudorese noturna, pouca tosse, perda parcial do olfato e ligeira dor no corpo. Apesar de estar isolado em sua casa, o secretário manteve sua rotina de trabalho.