Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS EM MINAS

COVID-19: pesquisa da UFMG projeta até 13 mil mortes em Minas até o fim do ano

Mais de 500 mil de infectados e quase 13 mil mortes em decorrência do novo coronavírus. Este será o cenário de Minas Gerais, de acordo com um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se as medidas de segurança forem reduzidas. Atualmente, o estado totalizou 403.542 casos e 9.858 mortes.





A publicação do estudo se dá em um momento que os casos e mortes estão em elevação em Minas. Em Belo Horizonte, por exemplo, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (25), que poderá adotar medidas rigorosas de isolamento caso a população não tome os cuidados com a COVID-19, como o distanciamento social.

"Esse cenário alarmante pode se concretizar se forem reduzidas as medidas de segurança, como sanitização de ambientes, isolamento e distanciamento social", alertou a professora Lídia Maria de Andrade, do Departamento de Física da UFMG.

A pesquisa utilizou um modelo matemático adaptado às características do estado para predizer a subnotificação de casos e mortes por COVID-19. O estudo também destacou que a população negra das regiões mais pobres de Minas, principalmente os homens, compõe o grupo mais vulnerável. Apesar dos números alarmantes, o artigo não fala de “segunda onda”.





"Ainda não estamos falando em uma segunda onda de contaminação, mas o trabalho revela informações de grande valia para que não se cometam os mesmos erros, no caso de novo enfrentamento", disse o professor Juan Carlos González, do Departamento de Física, outro autor do estudo.

Além de Juan González e Lídia Andrade, também assinam o artigo os professores Paulo Henrique Ribeiro, do Departamento de Física, e Flávio Guimarães da Fonseca, do Departamento de Microbiologia.

O boletim epidemiológico divulgado pela PBH nesta quarta também indicou que a capital registrou 222 casos e três mortes em comparação com o levantamento anterior. Ao todo, BH tem 53.337 casos confirmados e 1.625 falecimentos provocados pela COVID-19.

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