A prefeitura de Viçosa, na Zona da Mata mineira, publicou, nesta quarta-feira (25), um decreto com medidas mais rígidas para a contenção da contaminação pelo coronavírus. O documento, assinado pelo prefeito Ângelo Chequer, restringe o funcionamento de bares, lanchonetes e restaurantes, além de proibir a realização de festas, inclusive as que já tiveram alvará concedido.
Os bares e restaurantes só poderão funcionar até as 21h e mesas e cadeiras não podem ser colocadas em vias públicas para acomodar clientes. Também está proibida a realização de festas, shows e eventos em casas de festas, boates e espaços similares. Os alvarás concedidos foram revogados e, de acordo com o decreto, a insistência pela realização de qualquer evento cuja proibição consta no documento estará sujeito à penalidades previstas em lei.
De acordo com a Prefeitura, as medidas foram adotadas principalmente em função do recente aumento do número de casos na cidade e dos casos de flagrante desrespeito às normas sanitárias, principalmente em aglomerações espontâneas em vias públicas.
O último boletim epidemiológico mostra que a cidade já registrou 725 casos confirmados da COVID-19 e quatro mortes. O mês de novembro já bateu recorde de confirmação de casos desde o início da pandemia, com 174 casos acumulados.
Além disso, a macrorregião Leste do Sul, que inclui Viçosa, está na onda amarela. E de acordo com o Secretário de Saúde, Marcus Antônio Amarante, esse cenário pode trazer consequência para o município. "Com o aumento do número de casos na região, os hospitais podem ficar sobrecarregados. E pacientes de fora serão internados em Viçosa, uma vez que a estrutura do SUS é de ampla cobertura", explica.