Grandes hospitais particulares de Belo Horizonte e região metropolitana ouvidos pelo Estado de Minas confirmaram ontem o aumento dos casos atendidos de contaminação pelo novo coronavírus e de suspeita de infecção, assim como da procura em pronto socorro. Para responder à pressão maior sobre os leitos disponíveis, algumas unidades ofertam mais equipamentos, adotam medidas para desafogar as áreas de urgência e atuam com programa de triagem on-line. As medidas são resultado do avanço dos números da doença respiratória apresentados esta semana pelo comitê de enfrentamento à COVID-19 da Prefeitura de BH.
A Unimed, por sua vez, destacou ter registrado aumento na procura por Pronto Atendimento nos hospitais da rede. Por isso, foi recomendado que os pacientes utilizem o serviço de consulta on-line ou que seja feito contato com o médico de referência. “O atendimento on-line contribui para diminuir a propagação do vírus, evita o aumento do tempo de espera e garante maior segurança aos clientes”, disse, em nota.
A rede ampliou o número de leitos de UTI na Unidade Betim e na Unidade Contorno, além de ter suspendido até hoje cirurgias eletivas nos dois hospitais citados. Atualmente, há 49 pacientes internados com COVID-19 nos hospitais da Unimed, que garantiu que a ocupação encontra-se em "taxas seguras e adequadas para o atendimento".
O Hospital Lifecenter, em nota, garantiu que está atendendo normalmente e que “casos suspeitos e confirmados de coronavírus são mantidos isolados das demais especialidades”. A unidade também conta com um sistema de inteligência artificial que esclarece dúvidas e encaminha pacientes, para que não haja ida desnecessária ao Pronto Atendimento. Para isso, a pessoa responde um questionário on-line.
A rede ampliou o número de leitos de UTI na Unidade Betim e na Unidade Contorno, além de ter suspendido até hoje cirurgias eletivas nos dois hospitais citados. Atualmente, há 49 pacientes internados com COVID-19 nos hospitais da Unimed, que garantiu que a ocupação encontra-se em "taxas seguras e adequadas para o atendimento".
O Hospital Lifecenter, em nota, garantiu que está atendendo normalmente e que “casos suspeitos e confirmados de coronavírus são mantidos isolados das demais especialidades”. A unidade também conta com um sistema de inteligência artificial que esclarece dúvidas e encaminha pacientes, para que não haja ida desnecessária ao Pronto Atendimento. Para isso, a pessoa responde um questionário on-line.
Dependendo do resultado, o paciente pode ser destinado para uma vídeoconsulta ou para o Pronto Atendimento. Neste último caso, um QRCode é gerado, para que etapas de admissão sejam diminuídas. O Lifecenter não informou quantas pessoas estão internadas por COVID-19 e nem detalhou taxas de ocupação.
No dia 1º deste mês, 34 pacientes estavam internados nas três unidades do Hospital Mater Dei, sendo 23 com casos confirmados e outros 11 com suspeita de terem contraído o coronovírus. Doze pessoas estavam em leitos de terapia intensiva. No boletim de quarta-feira, o Mater Dei informou que havia 70 pessoas internadas, sendo 59 com COVID-19 e outras 11 com suspeita. Dos 59 pacientes, 33 estavam em vagas de terapia intensiva.
“Informamos que os três hospitais da rede (Mater Dei Santo Agostinho, Mater Dei Contorno e Mater Dei Betim-Contagem) estão estruturados e preparados para atender a demanda, com protocolos de atendimento, fluxos separados e segurança para pacientes com COVID-19 e de outras especialidades médicas uma vez que existem sintomas, exames preventivos e rastreamento oncológico que não podem esperar”, informou, em nota, o hospital.
A Central dos Hospitais de Minas Gerais, também por meio de nota, levou em conta os percentuais de ocupação de leitos informados nos boletins epidemiológicos da Prefeitura de Belo Horizonte, que, ontem, estavam em 39% para vagas de terapia intensiva e 36,8% em unidades de enfermaria. No último dia 16, os índices estavam em 31,8% e 29,8%.
“Apesar do aumento, os dois parâmetros permanecem na fase controlada, ou seja, abaixo dos 50%, índices estes que compreendem tanto a rede SUS (Sistema Único de Saúde) quanto a saúde suplementar, o que mostra que não há motivos para desespero, e que a elevação de tais taxas é um somatório de vários fatores”, disse a entidade.
A capital registrou ontem 288 casos de contaminação e 10 mortes provocadas pelo novo coronavírus em 24 horas. Desde o início da pandemia, foram diagnosticados 53.625 diagnósticos e 1.635 óbitos. Pelo segundo dia seguido, a ocupação de leitos apresentou leve queda. Na quarta-feira, o boletim da PBH apontava que 39,4% dos leitos de terapia intensiva e outros 37,2% de enfermaria estavam ocupados. No informe de ontem, as vagas estão comprometidas em 39% e 36,8%, respectivamente.
Preocupação
A pressão sobre os leitos dos hospitais particulares de Belo Horizonte com o aumento dos casos da COVID-19 e um relaxamento da população em relação às medidas sanitárias e de isolamento social é motivo de preocupação para a prefeitura da capital. Isso porque, durante a semana, a demanda por vagas de terapia intensiva, por exemplo, mais que dobrou. Ao todo, 22 unidades integram a chamada Rede Suplementar de Saúde da capital.
Na entrevista coletiva do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus na última quarta-feira, o secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado, destacou que o aumento dos casos é observado nas classes sociais mais altas, justamente as que usam os hospitais particulares com mais frequência.
“Isso é um indicador muito claro para nós que as pessoas das classes que estavam mais resguardas no início da pandemia, as classes mais favorecidas socioeconomicamente e que estavam em distanciamento social e por algum motivo, ou a fadiga de ficar em distanciamento, ‘chutaram o pau da barraca’. As classes A e B são as mais acometidas hoje e a faixa etária é entre 20 e 40 anos”, detalhou. “Isso é um apontamento de que estão ocorrendo festas clandestinas em espaços que deveriam estar fechados, festas em prédios, em bares, pessoas viajando. E não há dúvida para nós que essas aglomerações são o grande foco que está causando esse aumento no número de casos”, disse à imprensa, apontando, inclusive, para um índice inédito em relação ao atendimento para os pacientes com a COVID-19 na capital.
“A ocupação de leitos de enfermaria e de UTI na rede particular da cidade aumentou mais de 100%. Essa é a primeira vez que acontece, que a pressão sobre os leitos privados hoje é muito maior que a pressão sobre os leitos do SUS”, afirmou o secretário.
De acordo com o boletim da Secretaria Municipal de Saúde da capital, divulgado na quarta-feira, entre 31 de outubro e terça-feira, o número de pacientes ocupando os leitos para tratamento da COVID-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais particulares teve aumento de 103%, com 266 leitos disponíveis. Antes desse período, houve um remanejamento dos leitos, que chegavam a 291 em 24 de outubro.
Esse procedimento ocorre conforme a variação no número de casos. Já a ocupação dos leitos de enfermaria específicos aumentou 54% no mesmo período, com 537 leitos para os pacientes infectados pelo coronavírus. Em 24 de outubro, havia 548 leitos disponíveis.
No informe de ontem, os números tiveram leve queda. O aumento acumulado desde 31 de outubro foi 97,44% na ocupação de leitos de terapia intensiva e 47,3% no uso de equipamentos de enfermaria. Apesar do decréscimo, os percentuais ainda se mantêm bastante elevados.
Decreto municipal que regulamenta o horário de funcionamento do comércio de BH neste domingo e em dois domingos de dezembro (13 e 20), que antecedem o Natal foi publicado ontem. O funcionamento fica liberado na faixa prevista para abertura os sábados, conforme o anexo II do Decreto 17.361, de maio deste ano. A norma determina horários entre 7h às 21h somente para lojas de artigos de bomboniere e semelhantes e prestadores de serviços de cabeleireiro, manicure e pedicure. Entre 8h e 17h, fica liberado o comércio de veículos automotores, peças e acessórios, pneumáticos e câmaras-de-ar. Das 11h às 19h, funcionam centros de comércio popular, papelaria e lojas de brinquedos a perfumarias. A autorização engloba serviços de alimentação para consumo no local: restaurantes, lanchonetes, cantinas, sorveterias, bares e similares no interior de galerias de lojas, centros de comércio e shopping centers. Estão também contemplados na autorização anunciada na quarta-feira pelo prefeito da capital, Alexandre Kalil, os segmentos do comércio abrigados no interior de galerias e o comércio atacadista.
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Domingos no comércio de BH
Decreto municipal que regulamenta o horário de funcionamento do comércio de BH neste domingo e em dois domingos de dezembro (13 e 20), que antecedem o Natal foi publicado ontem. O funcionamento fica liberado na faixa prevista para abertura os sábados, conforme o anexo II do Decreto 17.361, de maio deste ano. A norma determina horários entre 7h às 21h somente para lojas de artigos de bomboniere e semelhantes e prestadores de serviços de cabeleireiro, manicure e pedicure. Entre 8h e 17h, fica liberado o comércio de veículos automotores, peças e acessórios, pneumáticos e câmaras-de-ar. Das 11h às 19h, funcionam centros de comércio popular, papelaria e lojas de brinquedos a perfumarias. A autorização engloba serviços de alimentação para consumo no local: restaurantes, lanchonetes, cantinas, sorveterias, bares e similares no interior de galerias de lojas, centros de comércio e shopping centers. Estão também contemplados na autorização anunciada na quarta-feira pelo prefeito da capital, Alexandre Kalil, os segmentos do comércio abrigados no interior de galerias e o comércio atacadista.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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