O aumento do número de infectado pela COVID-19 foi registrado pelo Monitoramento COVID Esgotos. Nesta sexta-feira (23), dados colhidos na semana epidemiológica de número 47 apontam um “aumento generalizado” na detecção do novo coronavírus nos esgotos das cidades de Belo Horizonte e Contagem (Minas Gerais).
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Estudo aponta que na bacia do Arrudas o aumento da carga viral detectada nos esgotos foi “acentuada” em cinco das sub-bacias pesquisadas e em outras sub-bacias eles destacam os aumentos consecutivos nas últimas seis semanas de estudo.
Na bacia do Onça, em sete pontos de coleta foram observados “aumentos exacerbados dos percentuais de população infectada”.
Os pesquisadores participantes no estudo reforçam que não há evidências da transmissão do vírus através das fezes (transmissão feco-oral) e que o objetivo da pesquisa é mapear os esgotos para indicar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos a partir do esgoto como uma ferramenta de aviso precoce para novos surtos, por exemplo.
Sobre o projeto-piloto
O projeto-piloto é uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).O trabalho tem o objetivo de monitorar a presença do novo coronavírus nas amostras de esgoto coletadas em diferentes pontos do sistema de esgotamento sanitário das cidades de Belo Horizonte e Contagem, inseridos nas bacias hidrográficas dos ribeirões Arrudas e do Onça. Assim é possível gerar dados para a sociedade e ajudar gestores na tomada de decisão.