A prefeitura de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, promulgou um decreto nessa sexta-feira (27/11) que atualiza as medidas sanitárias de prevenção à COVID-19. O decreto entra em vigor nesta terça-feira (2/12).
Devido ao aumento expressivo de 243 casos a mais no mês de novembro, totalizando 937 e três mortes, totalizando 13, a prefeitura resolveu voltar atrás em algumas medidas de flexibilização tomadas anteriormente para readequar ao novo cenário na cidade.
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Diante disso, o decreto também levou para os estabelecimentos comerciais a responsabilidade de cada um criar O Plano de Classificação de Riscos. Para a elaboração do Plano será realizado um curso de capacitação, ministrado pela Coordenação de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, aos responsáveis legais do estabelecimento.
No plano, os eventos não serão proibidos, mas terão prazos de 10 dias úteis para serem apresentados na Coordenação de Vigilância Sanitária e apontando a capacidade máxima de pessoas no evento.
Repercussão
O vice-presidente do Lagoa Santa Esporte Clube, Júlio Vermelho, viu com preocupação o novo decreto da prefeitura pois a atividade comercial dele ficará 100% comprometida. Júlio viu que a população não respeitou as medidas de flexibilização feitas nos meses anteriores e a conta chegou em novembro. “Vi várias pessoas que estavam indo a Belo Horizonte para usufruir dos afrouxamentos das duas cidades, aí deu nisso. Bares e restaurantes deveriam ser olhados com muita atenção, já que aos finais de semana principalmente os bares da orla da Lagoa estavam ficando empapuçados de gente”.
Também assustado com as aglomerações nos bares da cidade, o músico, Ricardo Chagas Monteiro relata que aos domingos os bares da orla pareciam estar em pleno carnaval. “Todo mundo sem máscara. Vejo a necessidade desse decreto porque as pessoas realmente abusam. Vejo que a maioria das pessoa que estão descumprindo as medidas, como distanciamento e uso de máscaras, são os adolescentes. A prefeitura tem que dar jeito neles, os comerciantes sofrem com essas medidas e a cidade pode entrar em buraco financeiro”.
A atendente, Kethleen Caroline acredita que as medidas tomadas pelo decreto não são suficientes. “Trabalho em comércio e direto vejo um entra e sai de clientes sem usar máscaras, como se fosse normal. Moro próximo à Lagoa Central e os bares estão lotados, e todos sem máscara. Enquanto isso, vejo que o transporte público anda muito cheio, parece que diminuíram os ônibus, queria saber onde está a fiscalização” finaliza.