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Estado de Minas CASO BACKER

Professor vítima da Backer recebe alta após 27 dias internado

Vítima apresentou uma infecção dias após transplante e precisou ser internada; rejeição do rim transplantado foi descartada


30/11/2020 22:26 - atualizado 01/12/2020 00:31

Cristiano teve os primeiros sintomas de intoxicação em dezembro de 2019 após beber cerveja Backer e, desde então, vem lutando para se recuperar
Cristiano teve os primeiros sintomas de intoxicação em dezembro de 2019 após beber cerveja Backer e, desde então, vem lutando para se recuperar (foto: Reprodução/Instagram)
 
O professor universitário Cristiano Gomes, uma das vítimas do caso Backer, recebeu alta nesta segunda-feira (30) depois de 27 dias de internação. Em 29 de setembro, Cristiano passou por um transplante de rim pelo fato do órgão ter sido comprometido pela intoxicação por dietilenoglicol. A sua esposa, Flávia Schayer, foi a doadora do rim.

Porém, no dia 4 de novembro, o professor precisou ser internado novamente após contrair uma infecção por citomegalovírus (CMV), que pertence à família Herpes. A infecção é recorrente em pacientes que se submetem a transplantes renais. Além disso, surgiu a hipótese de rejeição do rim transplantado, mas, a partir de uma biópsia realizada, a suspeita foi descartada.
 
 
O transplante foi a única solução encontrada para Cristiano retomar a vida após a contaminação da cerveja. O professor, que já esteve internado com um quadro mais grave de insuficiência renal e paralisia facial, tem de fazer hemodiálise todos os dias.

Após receber alta, Cristiano foi para a casa da mãe até que o resultado dos testes de COVID-19 da esposa e da filha saia. Assim que receberem o resultado todos irão juntos para casa. A realização do teste foi por precaução, visto que a imunidade de Cristiano é muito baixa.

Caso Backer

O caso, que começou a ser investigado no dia 5 de janeiro, matou 10 pessoas por causa da intoxicação por mono e dietilenoglicol encontradas na cerveja belorizontina. Outras 29 pessoas também foram contaminadas.

Até o momento, 11 pessoas já foram indiciadas por lesão corporal, contaminação de produto alimentício e homicídio. No início de setembro, o Ministério Público (MP) denunciou 10 pessoas à Justiça, entre sócios-proprietários da Backer e responsáveis técnico. Um dos técnicos responsáveis pelas cervejas da Backer, que estava envolvido no caso, morreu no início de novembro.


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