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Estado de Minas JUSTIÇA

Ex-militar é condenado a 9 anos de prisão por tráfico de drogas

Mais de 1,5 kg de drogas e armas de fogo foram encontrados no quintal da casa dele


01/12/2020 14:53 - atualizado 01/12/2020 15:47

No quintal da casa do suspeito foi encontrada uma grande quantidade de drogas, além de armas de fogo e munições(foto: Polícia Militar/Divulgação)
No quintal da casa do suspeito foi encontrada uma grande quantidade de drogas, além de armas de fogo e munições (foto: Polícia Militar/Divulgação)
Um ex-militar do Exército foi condenado a 9 anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de tráfico de drogas e falsidade documental, além de 1 ano e seis meses de detenção (regime semiaberto), pela posse de arma de fogo e munição. A decisão do juiz da 3ª Vara de Tóxicos, Thiago Colnago Cabral, foi publicada nesta terça-feira (30/11). A mulher do ex-militar foi absolvida.

Mais de 1,5 kg de drogas, entre crack e cocaína, além de armas de fogo e outros objetos, utilizados para a prática dos crimes, foram encontrados enterrados no quintal da casa do suspeito. Estavam escondidas mais de 40 munições, balanças de precisão e uma ferramenta de ferrolho, que possibilita disparos em rajada.
 
De acordo com a sentença, o relato das testemunhas é coerente e compatível com a própria confissão do acusado, que indica a posse consciente de “vultosa quantidade e variedade de entorpecentes, assim como de arma de fogo e relevante quantidade de munições”. 

Ainda segundo o juiz, “o profundo comprometimento do réu com o tráfico de entorpecentes é amplamente detalhado nos dados extraídos de seu aparelho celular, retratado em conversas e fotografias de substância ilícitas, indicativos veementes da sua prática delitiva”.

Durante a abordagem, o réu tentou fugir e apresentou documento falso, segundo relato das testemunhas. O ex-militar negou esse fato. Mas, para o magistrado ficou clara a intenção de “ludibriar a guarnição e frustrar o cumprimento de mandado de prisão aberto”.

Quanto à esposa dele, apesar das drogas, armas e demais objetos terem sido apreendidos no imóvel em que ela morava com o suspeito, “certo é que, seja pela forma como ocultados (enterrados em quintal), seja pela reação dos envolvidos (discussão no ato da apreensão), os elementos indicam seu completo desconhecimento acerca do fato ilícito”, afirmou o juiz. As testemunhas também não indicaram indícios da participação dela nos crimes.
 
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz


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