Jornal Estado de Minas

EXPOMINAS

Feira de Artesanato, em BH, recebe visitantes com protocolos de segurança

Para quem chega à 31ª Feira Nacional de Artesanato, Rotas do Brasil, que começou na última terça-feira e vai até domingo (6/12), no Expominas da Gameleira, os avisos nas portas já alertam, logo na entrada: além de ser obrigatório o uso de máscaras e aferição da temperatura, o evento conta com tótens com álcool em gel e posto médico no local, além de banner da prefeitura com as orientações para o uso adequado do espaço, que recebe expositores de todo o país.



Este é o primeiro evento no Expominas, desde que o hospital de campanha do governo do estado, que não chegou a operar, foi desmontado. 


 
Segundo os organizadores, a feira é o maior evento no Brasil desde o início da pandemia e o maior da América Latina da categoria. "O público que prestigiou o primeiro dia encontrou o pavilhão inteiro preparado dentro dos mais rigorosos protocolos sanitários e muita, muita emoção e expectativa dos milhares de expositores, de todas as partes do Brasil", comenta. Na feira, a regiões do Brasil estão caracterizadas por artesanatos e arquiteturas típicos de cada lugar.

Já os expositores esperam boas vendas, pois foi um ano difícil. Para a indígena Angorro da aldeia Naô Xohã Pataxó Hã Ha , o movimento ainda foi tímido, mas espera melhorar as vendas, já que sua aldeia foi uma das atingida pelo rompimento da barragem de Brumadinho e, com a pandemia, a situação se agravou. "Mas nosso povo é forte e, com o nosso trabalho, vamos melhorar a situação de hoje, que não está fácil", desabafa. Já a cacique Tanone, de Alagoas, relembra da tradição do evento e acrescenta que a feira de BH é importante para todos os artesãos. "Este ano viemos somente em quatro pessoas, mas é essencial defender o espaço neste evento", reconhece.

Já outros artistas contam das adaptações para os novos tempos. "Nossa expectativa para a feira é a maior possível. Depois de mais de oito meses parados, só vendendo pela internet, vamos voltar a vender diretamente para o público os produtos que fabricamos durante todo esse tempo sem eventos”, comentou o artesão Márcio Grossi, que expõe na feira desde 2003 camisas com estampas exclusivas feitas à mão – parte delas com desenhos feitos pelas filhas, quando ainda eram crianças, e pela neta.

Protocolos seguidos à risca

(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
De acordo com os organizadores da feira, todos os produtos vendidos nos mais de 400 estandes foram devidamente desinfectados antes de serem colocados à venda no centro de exposições. Nas adaptações, o espaçamento maior entre expositores, uso obrigatório de máscara e álcool 70% à disposição do público foram preocupações constantes dos organizadores, bem como a oferta de um cardápio de opções variadas para quem buscou a feira para, por exemplo, antecipar as compras de Natal. 




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