A Polícia Civil, por meio do Departamento estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente, desmontou um esquema de venda ilegal de terrenos públicos, pertencentes à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Neste início de semana, um dos articuladores do esquema, um homem entre 20 e 30 anos, foi preso. Ele era um testa de ferro do grupo de golpistas. Trata-se de crime de estelionato e crime contra o patrimônio público.
Os lotes vendidos ilegalmente estão localizados no Bairro Jardim Vitória, no meio do Parque Ecológico e Cultural Vitória, que abriga uma mata preservada. Segundo o delegado Eduardo Vieira, que comandou as investigações, estas foram motivadas pela denúncia feita pela PBH, na metade do ano.
Logo no início da apuração, segundo o delegado, percebeu-se que o esquema era orquestrado e que havia uma associação criminosa por trás do esquema. “Utilizamos drones, que permitiram fazer um mapeamento da área, assim como delimitação dos terrenos e quais tinham sido vendidos, pois haviam construções no local”, diz o delegado.
Ele explicou, que cada lote media 15m de largura por 10m de comprimento. No total, foram vendidos 10 lotes. “Cada um era vendido a R$ 5 mil. A pessoa que adquiriu o lote, na verdade a vítima, só ficava sabendo que tinha sido enganado quando a fiscalização da prefeitura batia à sua porta. Era na vistoria da PBH que o golpe se mostrava. As vítimas não tinha conhecimento de que se tratava de uma invasão.”
O modo de agir da quadrilha consistia em conseguir testas de ferro para se passarem por vendedores e assim, conseguir as vítimas, ou seja, os compradores, segundo o delegado. Tão logo o negócio era concluído, o dinheiro era repartido, mas apenas uma pequena parte ficava com esse testa de ferro. Os cabeças da quadrilha levavam a maior parte.
Segundo o delegado, existem suspeitas de que o golpe tenha sido praticado em outras áreas, no próprio Jardim Vitória, por isso, as investigações continua. Também, a expectativa é da prisão de todos os integrantes do bando. Quanto aos compradores de lotes, no caso vítimas, o delegado Eduardo explica que esse caso está a cargo da PBH.