Ainda que grande parte das atividades econômicas esteja flexibilizada em dezembro em várias cidades, especialistas alertam sobre o risco das comemorações de Natal e Reveillon em família em relação à transmissão do coronavírus. No momento em que o Brasil passa de 6,4 milhões de casos e de 174 mil mortes pela doença, a orientação é para que as pessoas evitem aglomerações e façam reuniões virtuais.
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Segundo ele, as pessoas gradativamente abriram mão de aderir ao isolamento social, mesmo que as autoridades de saúde tenham sugerido manter os cuidados: “A doença não acabou. O vírus está do mesmo jeito de antes. As pessoas estão agindo como se nada existisse. Tivemos, na semana passada, vários estudantes da Faculdade de Medicina que adoeceram por ter ido à praia, a festas. As pessoas estão brincando com a própria vida e com a vida de pais, filhos, avôs e idosos”.
Ele faz um elogio às medidas adotadas em Belo Horizonte, que registrou nesta quarta-feira (02/12) mais seis mortes e 285 casos da doença. O total de infectados na cidade é de 55.039 e 1.668 óbitos da doença. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) ameaçou a fechar a cidade novamente caso a doença tenha expansão dos próximos dias.
“A epidemia, no Brasil, poderia ter sido melhor conduzida se o Ministério da Saúde fizesse o que a Prefeitura de Belo Horizonte fez, por exemplo. Tomou as medidas certas nas horas certas. Há medidas amargas que não tem como fugir. Não tem como ignorar que o vírus existe, é perigoso e que tem que usar máscara em qualquer lugar. São práticas que não foram mais estimuladas pois faltou o estímulo federal”, afirma Geraldo Cury.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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