O prefeito de Araxá, Aracely de Paula, foi ouvido nesta sexta-feira (4/12), na sede da Polícia Civil (PC), em Uberaba, e negou envolvimento com as irregularidades em contratos entre a prefeitura e empresas de transporte por vans.
A oitiva faz parte dos desdobramentos das investigações da Operação Malebolge em Araxá, que apura desvios de recursos públicos por meio de fraudes nestes tipos de contratos.
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Operação Malebolge: policia detalha esquema de fraude em licitação em AraxáOperação Malebolge: 5ª fase prende uma pessoa e cumpre mandado em casa de servidora públicaDesdobramento da Operação Malebolge, em Araxá, aponta indícios de novos crimesAinda conforme o delegado, o prefeito disse que não sabia dos desvios. “Vamos pegar as informações colhidas e confrontar com as provas que existem no inquérito e verificar a procedência dessas informações", detalhou o delegado.
O Estado de Minas entrou em contato com assessoria de imprensa do prefeito de Araxá, mas ainda não obteve resposta.
A Operação está na 5ª fase e um homem já foi preso, suspeito de coordenar atos ilícitos em relação ao transporte escolar rural, sendo que 39 veículos foram apreendidos. Ele foi interrogado e esclareceu como o esquema foi montado para fraudar o sistema e por ter colaborado, segundo a PC, ele foi liberado.
Segundo informações do inquérito, foram indiciados a chefe de gabinete do município, Lucimary Fátima da Silva Ávila, e o marido dela, Leovander Gomes de Ávila, ex-assessor municipal que atuava na tesouraria. Além deles, um casal sócio de uma empresa de transportes que atuava na cidade e o filho deles também foram indiciados por compor a organização criminosa. Eles devem responder por peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A Operação "Malebolge" foi iniciada em agosto para apurar um suposto esquema criminoso entre empresas e pessoas ligadas à Prefeitura do município. Segundo as apurações foram desviados R$ 5.646.551 do município, desde o ano de 2015.