Em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Bairro Ana Lúcia é o que lidera o número de casos da COVID-19 com 418 positivos. Ele faz divisa com o bairro Santa Inês que pertence à capital. Esta proximidade é um fator que acende o alerta das autoridades sabarenses.
A Avenida Contagem, por exemplo, passa por esses dois bairros e é onde se concentra um reduto de bares e restaurantes tradicionais na região. O medo é que haja “migração” de pessoas em busca de locais para consumir bebidas alcoólicas já que a prefeitura de BH decretou a lei seca que passa a vigorar na próxima segunda-feira (7/12).
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A secretária de Saúde de Sabará, Nicole Cuqui, disse que essa é uma preocupação e que o assunto foi discutido em Sabará assim que Belo Horizonte instituiu a lei seca. “O que nós fizemos foi pedir para aumentar a fiscalização quanto aos protocolos que já existem para estes tipos de estabelecimentos como o número máximo de pessoas e normas sanitárias. Essas exigências serão cobradas de forma mais rigorosa. Se um bar estiver com muita gente será fechado pela Polícia Militar ou pela Guarda Municipal. Vamos aumentar a fiscalização”, explicou a secretária que citou, também, o bairro Castanheiras que faz divisa com o Taquaril (BH).
Retorno à onda amarela
Sabará retornou à onda amarela do Programa Minas Consciente do Governo do Estado. A regressão se deu devido ao aumento dos índices de contágio por COVID-19 em Minas Gerais. Com isso alguns estabelecimentos comerciais passam a ter o funcionamento proibido a partir deste sábado (5/12). Na próxima quarta-feira (9/12) o comitê sabarense de enfrentamento ao novo coronavírus realizará reunião para deliberar novas regras relacionadas às atividades econômicas.
Na onda amarela, serviços não essenciais podem funcionar como bares com consumo no local; autoescolas e cursos de pilotagem; salões de beleza e atividades de estética; comércio de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo; papelarias, lojas de livros, discos e revistas; lojas de roupas, bijuterias, joias, calçados, e artigos de viagem; comércio de itens de cama, mesa e banho; lojas de móveis e lustres; imobiliárias, lojas de departamento, lojas de brinquedos, academias (com restrições), agências de viagem, clubes.
A média móvel de casos registrou 11,71 na última terça-feira (1). Vale ressaltar que em novembro esse dado era 3,29. Caso os índices continuem crescendo, o município poderá entrar na onda vermelha, que restringe o funcionamento aos serviços essenciais.
O último boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (4), pela Secretaria Municipal de Saúde, Sabará acumula 1.764 casos confirmados da COVID-19, sendo 1.437 já recuperados e 67 mortes pela doença. Atualmente, há 12 hospitalizados e 315 pessoas em isolamento domiciliar.