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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: Sabará retorna à onda amarela e se preocupa com lei seca de BH

Cidade histórica faz limite com a capital, cuja lei seca preocupa autoridades sabarenses, que já pediram reforço da fiscalização na divisa dos municípios


05/12/2020 12:25 - atualizado 06/12/2020 09:27

A Avenida Contagem faz divisa entre os dois municípios de Sabará e Belo Horizonte e nela há diversos bares e restaurantes tradicionais na região. (foto: Google )
A Avenida Contagem faz divisa entre os dois municípios de Sabará e Belo Horizonte e nela há diversos bares e restaurantes tradicionais na região. (foto: Google )
Em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Bairro Ana Lúcia é o que lidera o número de casos da COVID-19 com 418 positivos. Ele faz divisa com o bairro Santa Inês que pertence à capital. Esta proximidade é um fator que acende o alerta das autoridades sabarenses.

A Avenida Contagem, por exemplo, passa por esses dois bairros e é onde se concentra um reduto de bares e restaurantes tradicionais na região. O medo é que haja “migração” de pessoas em busca de locais para consumir bebidas alcoólicas já que a prefeitura de BH decretou a lei seca que passa a vigorar na próxima segunda-feira (7/12).
 
A prefeitura de BH proibiu o consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes da capital. Um dos questionamentos levantados é sobre os estabelecimentos que ficam nessas áreas de limite territorial já que para achar um bar que permita o consumo de álcool no local, basta atravessar uma rua. Isso poderá causar aumento na demanda e superlotação nos bares que pertencem ao lado sabarense.
 
A secretária de Saúde de Sabará, Nicole Cuqui, disse que essa é uma preocupação e que o assunto foi discutido em Sabará assim que Belo Horizonte instituiu a lei seca. “O que nós fizemos foi pedir para aumentar a fiscalização quanto aos protocolos que já existem para estes tipos de estabelecimentos como o número máximo de pessoas e normas sanitárias. Essas exigências serão cobradas de forma mais rigorosa. Se um bar estiver com muita gente será fechado pela Polícia Militar ou pela Guarda Municipal. Vamos aumentar a fiscalização”, explicou a secretária que citou, também, o bairro Castanheiras que faz divisa com o Taquaril (BH). 
 

Retorno à onda amarela

Sabará retornou à onda amarela do Programa Minas Consciente do Governo do Estado. A regressão se deu devido ao aumento dos índices de contágio por COVID-19 em Minas Gerais. Com isso alguns estabelecimentos comerciais passam a ter o funcionamento proibido a partir deste sábado (5/12). Na próxima quarta-feira (9/12) o comitê sabarense de enfrentamento ao novo coronavírus realizará reunião para deliberar novas regras relacionadas às atividades econômicas. 
Avenida Contagem: de um lado BH do outro Sabará. (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Avenida Contagem: de um lado BH do outro Sabará. (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 

Na onda amarela, serviços não essenciais podem funcionar como bares com consumo no local; autoescolas e cursos de pilotagem; salões de beleza e atividades de estética; comércio de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo; papelarias, lojas de livros, discos e revistas; lojas de roupas, bijuterias, joias, calçados, e artigos de viagem; comércio de itens de cama, mesa e banho; lojas de móveis e lustres; imobiliárias, lojas de departamento, lojas de brinquedos, academias (com restrições), agências de viagem, clubes.
 
A média móvel de casos registrou 11,71 na última terça-feira (1). Vale ressaltar que em novembro esse dado era 3,29. Caso os índices continuem crescendo, o município poderá entrar na onda vermelha, que restringe o funcionamento aos serviços essenciais.
O último boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (4), pela Secretaria Municipal de Saúde, Sabará acumula 1.764 casos confirmados da COVID-19, sendo 1.437 já recuperados e 67 mortes pela doença. Atualmente, há 12 hospitalizados e 315 pessoas em isolamento domiciliar.  



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