A aglomeração frequente nos bares de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, mesmo com o aumento de casos confirmados e mortes por COVID-19, fez um morador tomar uma atitude inusitada. O locutor, conhecido como Gerson Caburé, usou os materiais de trabalho, carro, caixa de som e microfone e trocou os anúncios publicitários por mensagens educativas. Ele saiu pelas ruas da cidade alertando sobre os riscos do novo coronavírus.
"Vindo de um culto religioso com a família, quando passamos pela orla da Lagoa Central, deparamos com centenas de pessoas todas juntas e sem nenhuma proteção e meu filho José, dez anos, virou e me disse: olha papai, esse povo tá doido, todo mundo sem máscara. Aquilo mexeu comigo e fiquei pensando como fazer alguma coisa".
Segundo o locutor, nos dois dias rodados ele já percebeu que em alguns lugares o comportamento das pessoas já melhorou, mas a orla continua cheia. "Já passei lá em horários de pico e também passamos nos bairros da periferia da cidade".
Leia Mais
COVID-19: Sabará retorna à onda amarela e se preocupa com lei seca de BHCOVID-19: casos em Minas têm alta de 43,5% e 56 mortes em 24 horas Nova Lima proíbe consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantesCorpo é avistado boiando na Lagoa Central, em Lagoa SantaCOVID-19: belo-horizontinos mantêm máscara e esperam vacina públicaAinda segundo Caburé, há poucos dias perdeu uma amiga vítima da COVID-19 e em menos de 30 dias o filho dela também morreu. "Outro amigo meu também morreu. Ele tinha três filhos menores e nenhuma complicação de saúde. Fiquei muito triste", conta.
O locutor promete que vai continuar com os novos anúncios até ver as pessoas usarem a máscara e deixarem de frequentar aglomerações.