A Polícia Civil afirmou em coletiva neste sábado (5/12) que oito testemunhas já prestaram depoimento que esclarecem informações sobre o acidente de ônibus que matou 18 pessoas em João Molevade na tarde de sexta-feira. A investigação concluiu que um dos motoristas faleceu no local, mas o corpo não foi identificado pela perícia. O outro, que seria o maior mistério desde que ocorreu o acidente, não foi encontrado até o momento para contar a versão.
O delegado Paulo Tavares, que comanda as investigações do ponto de vista criminal, disse que as oitavas feitas até o momento são imprecisas para se tomar qualquer conclusão do fato. A Polícia Civil de Minas Gerais está atuando em conjunto com a Polícia Civil dos Estados de São Paulo e Alagoas, de onde muitas das vítimas eram. Nos próximos dias, outras pessoas serão intimadas a prestar depoimento, como as vítimas que sobreviveram no desastre. A polícia mineira solicitou às corporações as fichas datiloscópicas para ajudar na análise mais precisa.
“Não podemos ser levianos de nos precipitar. Temos depoimentos de testemunhas e de vitimas de dentro do ônibus. Alguns depoimentos são esclarecedores, outros confusos. A parte técnica é a mais difícil, pois depende do emocional das pessoas”, afirmou o delegado.
Ele confirmou que o condutor do ônibus continua sendo o principal mistério das investigações. “Prefiro que essa palavra foragido não seja usada. Não existe mandado de prisão contra ele. Ele está desaparecido. Não se sabe o paradeiro dele. Mas o fato de ele ter abandonado o local de serviço, o próprio Código de Trânsito fala isso. Mas não vamos delinear fatos típicos agora, Vamos esperar a parte da perícia técnica e da investigação para fazer um desenho certo do fato”.
A lista de passageiros do veículo foi obtida através de levantamento dos investigadores. A empresa de ônibus teria fechado as portas e também será investigada por estar em situação irregular.