A população de Belo Horizonte está consciente dos riscos do novo coronavírus e tem aceitado as medidas de prevenção à COVID-19. É o que aponta resultado de análise do instituto F5 Atualiza Dados, publicada com exclusividade pelo Estado de Minas. A apuração da amostra coletada no mês passado revela uma adesão em massa à vacina e às máscaras – um incômodo necessário, que a maioria pretende manter até que o imunizante seja realidade.
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Morador de Lagoa Santa toma atitude inusitada para alertar sobre a COVID-19COVID-19: bares enchem na Savassi no último sábado antes da lei seca COVID-19: casos em Minas têm alta de 43,5% e 56 mortes em 24 horas CNM pede que governo assuma responsabilidade por vacina contra COVID-19 Coronavac: PBH diz que já entrou em contato com Instituto ButantanGoverno de Minas nega ter acordo com vacina Coronavac em São Paulo COVID-19: semana tem alta de casos e mortes em MG por novo coronavírusOs hábitos de lazer noturno, comuns na vida do belo-horizontino, também não foram retomados de forma expressiva. Mesmo com a flexibilização do comércio na capital, 67,33% das pessoas ouvidas não voltaram a frequentar bares, restaurantes e casas noturnas. A pesquisa ainda mostra que a maioria das pessoas (71,67%) pretende tomar a vacina assim que ela estiver disponível, mas há um repúdio ao pagamento pela imunização. Segundo o relatório, 48,33% não pagariam pelo imunizante e 25,67% aceitam comprá-lo apenas se o preço couber no orçamento.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) já garantiu que BH tem recursos necessários para a compra das vacinas para todos caso o governo federal não arque com os custos. Em entrevista coletiva na última semana, ele afirmou que a cidade está preparada financeiramente para distribuir a quantidade necessária do imunizantes. "Não vamos pôr a mão no dinheiro até o Brasil conhecer qual será o critério de imunização que está na boca de sair aí, mas Belo Horizonte não terá problema caso haja maluquice de, pela primeira vez na história, o governo federal não soltar a vacina para o Brasil inteiro".
A professora Viviane Alves, microbiologista do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, comemora que a população esteja ciente e realmente preocupada com a pandemia. “O interessante também é que todos que estão preocupados aderem à máscara, ao distanciamento e também são a favor da vacina, o que é ótimo”, comenta a especialista.
Com o resultado da pesquisa, a doutora em microbiologia e imunologia também defende que a proteção definitiva à COVID-19 seja distribuída de graça. “É importante ver que a maioria das pessoas deseja que a vacina seja gratuita, talvez com um temor de que seja cara. Se for paga, não vai atender toda a população porque muitos não têm condição de pagar”, argumenta Viviane Alves. “No geral, a população está ciente dos riscos, continua se protegendo. As pessoas estão preocupadas consigo mesmas e também com seus familiares”, conclui.
A tarefa de se proteger não é fácil. Um hábito que antes era comum somente na profissão teve de ser estendido para o convívio social mais amplo. A técnica em enfermagem Danielle Soares Nicoli, de 32 anos, é uma dessas pessoas que não largam a máscara. Ela sonha com a vacina para poder abrir mão do acessório fora do trabalho. “Não estou mais aguentando ficar de máscara o tempo inteiro(...). Já está se tornando um incômodo”, desabafa a profissional de saúde, esperando pela solução em forma de vacina. Danielle se junta à parcela da população arredia à retomada de hábitos de lazer. “Se tiver que ficar em quarentena mil anos para proteger minha família ficarei”, resume.
O microempresário Ricardo Luiz de Jesus, de 57, já não tinha hábito de visitar bares, mas sempre foi de sair para praticar exercícios físicos. Desde o início da pandemia, ele se isolou e só retornou atividades em meados de setembro. “Sempre uso máscara, não frequento bares nem ambientes fechados com aglomeração de pessoas. Na rua, tento manter o distanciamento. Respeito as normas. Minha mãe tem 76 anos, se eu levar o coronavírus para casa, posso perdê-la.” Apesar de também estar ansioso pela vacina, ele afirma que não pagaria por ela. “Acho que é obrigação do governo federal fornecer o mais rápido possível”, opina.
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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O que é o coronavírus
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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