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Estado de Minas TRAGÉDIA DE MONLEVADE

Acidente na BR-381: famílias das vítimas aguardam embarque em BH

Dois aviões farão o traslado dos mortos e seus familiares; coletivo da Localima caiu na sexta (4/12) de um viaduto em João Monlevade, Região Central de Minas


07/12/2020 09:02 - atualizado 07/12/2020 18:21

Aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) modelo C-130 foi mobilizada para o traslado dos corpos da tragédia de Monlevade.(foto: FAB/Divulgação)
Aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) modelo C-130 foi mobilizada para o traslado dos corpos da tragédia de Monlevade. (foto: FAB/Divulgação)
O avião mobilizado para o transporte dos corpos das vítimas do acidente com um ônibus na BR-381 já chegou ao Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. A aeronave modelo C-130 Hércules pousou nesse domingo (6/12) na capital mineira, às 23h30.

Segundo a Defesa Civil Estadual, um outro avião, de modelo C-99, é esperado por volta de 11h30 no mesmo terminal. O jato parte às 10h30 do aeroporto do Galeão, com familiares dos mortos. 

As aeronaves seguirão ao meio-dia para o município de Paulo Afonso, na Bahia. De lá, decolam para Mata Grande, no Alagoas, de onde partiu o ônibus envolvido no acidente.

"Todos os corpos já estão prontos. A missão vai ocorrer dentro do que nós planejamos. Por volta de 11h, o batalhão de trânsito da Polícia Militar vai fazer a escolta dos corpos da funerária até o aeroporto da Pampulha", informou o tenente-coronel Flávio Godinho, porta-voz da Defesa Civil de Minas Gerais.

Algumas famílias optaram transportar seus entes queridos por conta própria. Uma delas, por exemplo, vai fazer o trajeto até Alagoas de carro. O grupo saiu da capital por volta das 15h desse domingo. A viagem leva cerca de um dia e meio.

Missões humanitárias

A aeronave da FAB que pousou em Belo Horizonte para transportar as vítimas decolou do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde está lotado o 1º Esquadrão do 1º Grupo de Transporte, também conhecido como Esquadrão Gordo, no qual estão lotados os militares envolvidos no traslado. O C-130 é uma aeronave deslocada habitualmente para participar de missões humanitárias.

Em 2016, por exemplo, dois Hércules da FAB saíram do Brasil e foram até Medellín, na Colômbia, buscar vítimas do acidente aéreo que matou 71 membros da delegação da Chapecoense. A cena dos aviões chegando a Chapecó na manhã chuvosa de 3 de dezembro, exibida em rede nacional, emocionou os brasileiros.

Durante o período crítico da pandemia da COVID-19, em março, quando brasileiros estavam no exterior, dois aviões C-130 pousaram em Cuzco, no Peru, para resgatar pessoas. Mais recentemente, em novembro, aeronaves do mesmo modelo transportaram toneladas de carga para o Macapá, para amenizar o problema de energia elétrica que assolou o estado do Amapá.

Em 2019, dois C-130 pousaram em Belo Horizonte para embarcar militares do Corpo de Bombeiros e da Força Nacional, além de materiais e equipamentos para ajudar na missão de assistência humanitária do Brasil em apoio às vítimas do ciclone Idai, em Moçambique. Ao todo, 29 bombeiros de Minas participaram da operação.

Tragédia de Monlevade

Na última sexta-feira (4/12), um ônibus da empresa Localima caiu do viaduto conhecido como Ponte Torta, que fica km 350 da BR-381, em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil de Minas Gerais confirmaram, até o momento, 19 óbitos decorrentes do acidente. 

Dez pessoas permanecem internadas em dois hospitais: oito no Hospital Margarida, em João Monlevade, e duas no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O saldo total é de 27 feridos.  


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