O primeiro dia de vigor do decreto publicado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e afins deixou estabelecimentos vazios ou fechados nesta segunda-feira (7/12). Em tempos em que os números da COVID-19 na capital mineira sobem diariamente, os locais em que reuniam dezenas – ou até centenas – de pessoas ficaram menos atrativos, o que é justamente a ideia da portaria, para que seja garantido o distanciamento social.
A reportagem do Estado de Minas percorreu vários bares e restaurantes da Região Oeste de Belo Horizonte nesta noite e não flagrou nenhum cliente consumindo bebida alcoólica nos locais. Alguns, inclusive, sequer abriram as portas. Fotos enviadas pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MG) também mostraram locais com poucos consumidores.
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COVID-19: BH registra saltos na ocupação de UTI e na taxa de transmissãoContra alta da COVID-19, começa valer 'lei seca' em bares de Belo HorizonteInterditada área de eventos no Estoril, em BH, por denúncia de aglomeraçãoApós anúncio de lei seca, tráfego de BH disparou na saideira de sábadoUma aglomeração também foi flagrada pela fiscalização da PBH nesse domingo (6/12), último dia antes da “lei seca”. Na ocasião, um espaço, no Bairro Estoril, na Região Oeste da capital mineira, foi interditado após denúncias. Uma equipe do Executivo municipal foi até o local e constatou uma grande concentração de pessoas. Fotos registradas por vizinhos mostram que a maioria dos presentes não usavam máscaras.
Além de não poderem vender bebidas para consumo no local, os proprietários de bares, restaurantes, lanchonetes e cantinas não podem admitir que seus clientes bebam nas dependências do estabelecimento, ainda que tenham comprado em outro lugar.
A restrição atinge também as feiras públicas e licenciadas e as praças de alimentação. A administração municipal também suspendeu o licenciamento de eventos gastronômicos, shows e espetáculos, inclusive os requerimentos já protocolados e ainda não respondidos pela prefeitura.
Números
De acordo com a Secretaria Municipal de Política Urbana, entre os dias 19 de março e 6 de dezembro, os fiscais de Controle Urbanístico e Ambiental realizaram mais de 71 mil abordagens educativas em estabelecimentos comerciais, além de 5.672 vistorias fiscais em locais para verificação do cumprimento dos decretos da COVID-19.
Os fiscais também fizeram 184 ações de interdições em estabelecimentos que insistiram em manter o funcionamento em desacordo com os decretos municipais, além de 23 multas aplicadas por descumprimento de interdição.