O Boletim Epidemiológico da COVID-19, emitido pela Secretaria Municipal de Saúde de Governador Valadares, nesta terça-feira (8/12), registrou mais 134 novos casos da doença e seis mortes, sendo que três ainda estão sob investigação, embora sejam de pacientes com todos os sintomas do novo coronavírus. O percentual de ocupação dos leitos UTI COVID-19 SUS permaneceu o mesmo de segunda-feira (7/11), com 72,40%. Nos hospitais particulares, a taxa de 100% de ocupação se mantém há semanas.
O número de mortes por COVID-19 em Governador Valadares chegou a 377. Outras 40 mortes estão sob investigação, ou seja, aguardam a chegada dos resultados de exames para serem confirmadas ou não como provocadas por COVID-19.
Dados da SMS, descritos no Boletim Epidemiológico semanal, mais detalhado que o boletim diário, mostra que as mortes por COVID-19, até 25/11, quando avaliados por sexo, ao contrário dos casos, ocorreram mais em indivíduos do sexo masculino (53%). Quando avaliados por faixa etária, 79% das mortes ocorreram em idosos (idade igual ou maior que 60 anos)
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Sintomas comuns
Segundo o perfil dos casos confirmados em Governador Valadares, os sinais e sintomas clínicos mais comuns entre os casos da COVID-19 foram tosse (57%), febre (49%), cefaleia (43%), mialgia (35%), coriza (31%), dor em garganta (31%), alteração/perda do olfato (28%) e fraqueza (27%).
Porém outros sinais e sintomas como diarreia, náuseas e vômitos, dispneia e congestão nasal têm sido observado. Entre os casos com evolução para óbito observou-se predominância de saturação menor que 95% (80%), dispneia (77%), tosse (73%) e febre (62%).
As condições clínicas preexistentes mais prevalentes no geral foram doença cardiovascular (16%), diabetes (6%),doença pulmonar crônica (2%). Entre os casos confirmados para a COVID-19, 21,3% dos pacientes apresentavam pelo menos uma comorbidade. Nos casos que evoluíram a óbito observou-se prevalência de doença cardiovascular (74%), diabetes (43%), obesidade (16%) e doença pulmonar crônica (10%) como condições de base importantes no curso clínico da doença.
Quando avaliado por área de atuação profissional, a Saúde se destaca, com 11% (1.106) dos casos confirmados entre profissionais de saúde. Vale ressaltar que além de exposição ao risco de infecção aumentada, estes profissionais entendem a importância de identificar sua área e categoria profissional no momento do atendimento/notificação.
Os técnicos de enfermagem (24,8%), médicos (15,4%) e enfermeiros (13,7%) tem sido, desde o início da pandemia, as categorias mais afetadas, confirmando a vulnerabilidade dos profissionais diante do contato direto com pacientes infectados e áreas contaminadas.