O trânsito na BR-381 será totalmente interditado a partir das 10h para a realização da reconstituição do acidente com um ônibus no km 350, entre os municípios de Nova Era e João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais. Dezenove pessoas morreram e 29 ficaram feridas.
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Segundo testemunhas, o ônibus seguia pela BR-381, no sentido Ipatinga. Ao descer a serra, quando se aproximava da “Ponte Torta”, viaduto sobre o Rio Piracaba e a estrada de ferro Vitória Minas, o ônibus perdeu os freios e entrou pela contramão, descontrolado, chegando a bater no retrovisor de outro veículo que viajava no sentido contrário.
No “embalo da descida”, o veículo passou pela Ponte Torta, mas na subida perdeu aceleração (possivelmente por um outro problema mecânico) e começou a descer de ré, ainda segundo as testemunhas. Nesse momento, seis pessoas saltaram do veículo em movimento. Na sequência, o ônibus despencou do viaduto e pegou fogo ao lado dos trilhos da ferrovia que liga Minas Gerais ao Espírito Santo.
O motorista estava desaparecido desde o dia do acidente e se apresentou somente no início desta semana. “Ele fugiu, segundo ele, porque ficou com medo. Muitas pessoas que paravam no local, alguns outros motoristas, estavam procurando por ele, perguntando cadê o motorista. Então, ele se sentiu acuado e resolveu fugir”, relatou o delegado Paulo Tavares na segunda-feira.
Em entrevista coletiva, Tavares evitou dar detalhes do depoimento do motorista, mas contou que Luiz Viana alegou que houve problema mecânico no momento do acidente. De acordo com o delegado, o condutor disse que o coletivo teve pane no freio e acrescentou que, durante o percurso entre Mata Grande/AL e João Monlevade, foi submetido a uma troca de correia do motor.
“Segundo ele – isso vai ser confirmado ou não, posteriormente, por meio das provas periciais e demais provas testemunhais – houve uma falha técnica. O ônibus voltou (de marcha ré). Segundo ele, houve um problema no freio”, afirmou.
O motorista, de acordo com Paulo Tavares, estava emocionalmente abalado e chorou o tempo todo durante o depoimento. Luiz Viana não teve escoriações ao saltar do ônibus em queda e, segundo o delegado, não chegou a deixar a região de João Monlevade durante a fuga do local do acidente. (Com informações de Matheus Adler, Luiz Ribeiro e Mariana Costa)