O que significa salvar um recém-nascido? Principalmente quando o salvamento tiver sido feito via telefone? Pois essa experiência foi vivida na prática pela soldado Greice Helen de Oliveira Rodrigues, do destacamento da Polícia Militar em Patos de Minas, que recebeu o telefonema de Karine, que estava desesperada, pedindo ajuda para salvar sua filha, de apenas um mês, que estaria engasgada.
O caso foi registrado pela manhã. A hora do almoço se aproximava, quando o telefone 190, em Patos de Minas, tocou. A soldado Greice atendeu. Do outro lado, Karine, muito nervosa, aos prantos, pedia socorro, para a filha, recém-nascida, que estava sufocada.
A policial tenta acalmar a mulher, o que, em princípio, não conseguiu. A policial, pediu então, o endereço. A mãe respondeu depressa. Minha filha não está respirando.” A PM avisou. “Uma ambulância já está indo para sua casa." E a soldado manteve a conversa ao telefone com a mãe.
De imediato, começou a passar instruções para Karine. “Fica comigo. Se está de celular, passe para o viva-voz”, disse
a soldado Greice. E começou a orientar a mãe.
“Coloque a criança deitada, de barriga para baixo, na palma de sua mão. Agora, assente e encoste a sua mão em cima de sua coxa. Agora, dê três tapinhas nas costas da criança”, disse a policial.
A mãe seguiu as recomendações. Mas menos de um minuto depois dos procedimentos, voltou a chorar e gritou em desespero. “Ela não está respirando. Está soltando uma baba branca pela boca. Meu Deus. Salve a minha filha.”
A militar pediu que a mãe seguisse com ela no telefone. Deu novas instruções. “Vire a criança de frente. Entre os dois mamilos, coloque dois dedos, o indicador e o maior de todos e empurre, forte, três vezes.”
“Está respirando, está respirando. Ela está brincando e sorrindo”, gritou a mãe, agora de satisfação. A soldado disse à mulher para aguardar a chegada da ambulância do Corpo de Bombeiros, que já estava a caminho, pois os médicos examinariam a criança.
A campainha tocou. Eram os médicos, da ambulância. Eles examinaram a menina e perceberam que ela não tinha qualquer problema. Antes de ir embora, avisaram que retornariam mais tarde para examinar a criança, de nome Laura, novamente.
A mãe fez questão de cumprimentar cada um dos policiais. Em seguida, enviou um comentário, via whats app, para a soldado Greice, agradecendo e dizendo que queria conhecê-la. Isso aconteceu no final da tarde. Emocionada, ela abraçou os policiais e posou com os policiais, junto com a criança.
A mãe ficou muito grata. Começou a agradecer. Do outro lado da linha, a soldado Greice também começou a chorar e desabafou. "É que eu também tenho uma filha, pequena." Mesmo com as lágrimas caindo por seu rosto, a policial perguntou sobre a coloração. Uma história com final feliz.