Um grupo de donos de bares e restaurantes protestou, na tarde desta quarta-feira (9/12), na porta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), contra o decreto do prefeito Alexandre Kalil (PSD), que suspendeu a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos. Os participantes do movimento listaram uma série de fatores para que a manifestação fosse realizada.
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Restrição mantida
Em nota, a PBH informou que o decreto que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos continua em vigor. O Executivo municipal também destacou que a restrição será mantida, em vista dos indicadores da semana, como por exemplo, a taxa de transmissão que está em 1,06, o que indica expansão da COVID-19, além do aumento na ocupação de leitos no sistema de saúde. “Não há uma evolução nos indicadores da COVID-19 que permita novas flexibilizações no momento e não houve tempo necessário para novas avaliações sobre a flexibilização pelo Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 da Prefeitura”, publicou.
Decreto
O Decreto 17.484 proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e afins. A medida foi tomada para tentar desacelerar os números da COVID-19 na capital, uma vez que, por exemplo, a taxa de ocupação de leitos vem subindo gradativamente.
Além de não poderem vender bebidas para consumo no local, os proprietários de bares, restaurantes, lanchonetes e cantinas não podem admitir que seus clientes bebam nas dependências do estabelecimento, ainda que tenham comprado em outro lugar.
A restrição atinge também as feiras públicas e licenciadas e as praças de alimentação. A administração municipal também suspendeu o licenciamento de eventos gastronômicos, shows e espetáculos, inclusive os requerimentos já protocolados e ainda não respondidos pela prefeitura.