A cidade Três Corações, no Sul de Minas, vem enfrentando alta nos casos de COVID-19 e lotação máxima na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesse cenário, a Escola de Sargentos das Armas (Esa) vai promover a formatura de Diplomação da Turma 150 Anos da Campanha da Tríplice Aliança nesta sexta-feira (11/12). O evento gerou polêmica na cidade depois que a prefeitura publicou novo decreto que restringe funcionamento de comércio e festas a partir da próxima segunda-feira (14).
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COVID-19: Três Corações restringe atividades após lotação da UTI COVID-19: Três Corações quase dobra número de internados na UTI em 10 dias Três Corações vai receber mais de R$ 4 milhões para obras de mobilidade urbanaEstudantes serão indenizadas após empresa não entregar vídeo de formaturaRede Mães de Luta MG realiza ato contra violência na Praça da EstaçãoA cerimônia vai começar às 8h30, mas presença de familiares, autoridades e imprensa será restrita. Além disso, o tradicional baile da diplomação foi cancelado.
“Os convidados e autoridades serão orientados sobre os protocolos de segurança. De modo a atender ao público que não poderá estar presente, a formatura de diplomação será transmitida pelo site oficial.”
Novo decreto
Em menos de um mês, o município somou 245 casos de COVID-19 e dobrou o número de hospitalizados na Unidade Terapia Intensiva %uFF08UTI%uFF09. A lotação de leitos já atingiu 100% e pacientes em estado grave podem precisar entrar na fila de espera no Hospital São Sebastião. Três Corações segue com 1204 registros do novo coronavírus, 34 mortes confirmadas e 27 internados, sendo 12 na UTI.
A prefeitura publicou novo decreto nessa quarta-feira (9/12)restringindo funcionamento do comércio e proibindo eventos pelo período de 10 dias. Comerciantes estão inconformados com a situação.
Keli Cristiane trabalha com buffet e segue com delevery desde o começo do pandemia. Ela pretendia retomar com os eventos no proximo dia 19.
“Eu faria uma almoço restrito para familiares. Eu já tinha comprado o alimentos e materias para preparar esse almoço. Agora, com o novo decreto, tive que cancelar e vou ter prejuízos. Eu acho que se nao pode pra um, não pode pra todos”, reclama empresária.
De acordo com Keli, alguns comerciantes se reúnem na prefeitura para tentar resolver a situação. “A gente não pode parar.”