A situação de Governador Valadares em relação ao combate à COVID-19 chegou ao colapso. A prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde enviaram, nesse sábado (12/12), ofício ao governo de Minas, pedindo que seja providenciada, de forma imediata e urgente, a transferência de pacientes graves acometidos pela COVID-19, inseridos no SUS-fácil MG.
Entre esses pacientes estão os de Governador Valadares e os que vêm de outras cidades. A transferência deve ser feita, segundo a prefeitura, para hospitais de outras macrorregiões, com vagas de UTI COVID-19 SUS.
Em nota, a prefeitura informou que “o município está sob a governabilidade do Minas Consciente” e destacou que fez todos os esforços para prestar atendimento à população, abrindo 58 leitos de UTI exclusivos para COVID-19, e que esse conjunto de leitos já está com sua capacidade de atendimento esgotada.
O Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde no sábado (12/12) registrou 19 casos confirmados de COVID-19, número considerado baixo, como acontece em todos os fins de semana, e duas mortes de pacientes acometidos pela doença.
No total, desde o registro do primeiro caso confirmado da doença em março, Governador Valadares tem 11.385 infecções por COVID-19, que resultaram em 389 mortes.
No total, desde o registro do primeiro caso confirmado da doença em março, Governador Valadares tem 11.385 infecções por COVID-19, que resultaram em 389 mortes.
A taxa de ocupação de leitos UTI COVID-19 SUS, no Hospital Municipal e Hospital Bom Samaritano, chegou a 96,6%. Nos hospitais particulares, como Hospital Unimed e Hospital São Lucas, a taxa permanece em 100%.
Ruas lotadas
Mesmo com a situação crítica, as ações do programa Minas Consciente de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus em Governador Valadares, conforme se referiu a prefeitura, em nota, ainda permite um grande número de pessoas pelas ruas.
Na noite de sábado, os bares dos bairros Ilha dos Araújos, Centro, Santo Agostinho e Lagoa Santa estavam lotados. O mesmo aconteceu na manhã deste domingo (13/12), na feira livre do Mercado Municipal, com muitas barracas montadas nas ruas do entorno do mercado.
Nos corredores entre as barracas, muitas pessoas circulavam sem máscaras faciais cobrindo nariz e boca, ou usando o acessório tão essencial para evitar contágio pelo novo coronavírus no queixo ou apenas cobrindo a boca.
Nos corredores entre as barracas, muitas pessoas circulavam sem máscaras faciais cobrindo nariz e boca, ou usando o acessório tão essencial para evitar contágio pelo novo coronavírus no queixo ou apenas cobrindo a boca.
Na praça de alimentação do Mercado Municipal também era grande o número de pessoas sentadas e transitando entre as mesas, bebendo cerveja e tomando o tradicional caldo de mocotó.
A circulação maciça de pessoas pelas ruas é parte dos efeitos da implantação do novo protocolo para a onda vermelha, divulgado na quarta-feira (9/12) pelo Comitê Extraordinário COVID-19, afrouxado por causa da chegada do Natal.
A circulação maciça de pessoas pelas ruas é parte dos efeitos da implantação do novo protocolo para a onda vermelha, divulgado na quarta-feira (9/12) pelo Comitê Extraordinário COVID-19, afrouxado por causa da chegada do Natal.