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Estado de Minas

Última cidade livre da COVID-19, Cedro do Abaeté, em MG, confirma 2 casos

Cidade da Região Central do estado tem pouco mais de mil habitantes e nenhum hospital


13/12/2020 21:52 - atualizado 13/12/2020 23:43

(foto: Prefeitura de Cedro do Abaeté/Divulgação)
(foto: Prefeitura de Cedro do Abaeté/Divulgação)
A pequena Cedro do Abaeté, na Região Central de Minas, perdeu o posto de única cidade brasileira livre do novo coronavírus. O painel da COVID-19 da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) apontou dois caso da doença no município este domingo (13). A informação também foi confirmada ao Estado de Minas por telefone pelo plantão da assessoria de imprensa da pasta.  

Até sexta-feira (11), a cidade ainda figurava no informe epidemiológico da SES-MG sem nenhum registro da infeccção. O boletim oficial não é divulgado aos domingos, mas o painel da COVID-19, sistema estatal alimentado diariamente pelos municípios mineiros, passou a acusar dois pacientes infectados na localidade esta noite. 

De acordo com o relatório, um dos contaminados está sob monitoramento das autoridades de saúde. O outro já está recuperado.

O último censo do IBGE contou 1.157 habitantes em Cedro do Abaeté. A reportagem esteve no local em 13 de novembro e observou que o lugarejo conta apenas com um banco, uma lotérica, uma agência dos correios, dois supermercados e um mercadinho. 

Não há hospitais públicos ou privados. Toda a rede de atendimento é composta por uma policlínica e uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Os pacientes mais graves são encaminhados a Abaeté, situada a 23 quilômetros da cidade, ou à capital mineira.

Na ocasião da visita, a secretária municipal de Saúde, Cássia Maria dos Santos, ressaltou as medidas adotadas pelo executivo para barrar a chegada do vírus. Entre elas, a instalação de uma barreira sanitária na entrada do município e a distribuição de kits de higiene.

Ela mencionou ainda a contratação de especialistas para reforçar o atendimento nas unidades de saúde, evitando assim o deslocamento dos moradores para consultas e outros procedimentos cotidianos

Para a dirigente, contudo, a ausência de casos na região era mesmo explicada por um fator sobrenatural. "É Deus", disse à reportagem na época. Muitos outros cedrenses se fiavam na "mão divina"- o que faz sentido numa comunidade que, segundo o IBGE, é majoritariamente católica. Mais de 80% da população declarou no último censo professar a religião do papa Francisco. 


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