Um homem que dizia ser médium foi indiciado pela Polícia Civil por estupro, ao usar a mentira como forma de abusar de uma de suas enteadas. Os abusos duraram dois anos e desde e agosto o padrasto era investigado, mês em que a mãe da vítima fez a denúncia à Delegacia da Mulher.
Segundo o inquérito da polícia, o indiciado, que tem 53 anos, dizia ser médium e que as relações sexuais faziam parte do ritual que ele praticava com a jovem, para 'retirar espírito ruim dela'. O homem é lavrador e a vítima foi estuprada entre os 16 e os 18 anos.
A denúncia contra o abusador foi feita pela mãe da vítima há quatro meses, depois de a jovem ter contado o que ocorria. Ela disse que a filha passava por um momento difícil e o padrasto, então, usou dessa oportunidade para criar um suposto ritual, feito no quarto da casa, sem que a mãe pudesse saber o que ocorria. O crime era cometido numa fazenda do município de Uberlândia, próximo à BR-365.
A vítima disse em depoimento que era ameaçada de morte para que não denunciasse o padrasto e por isso não havia contado anteriormente o que sofria.
A jovem tem uma irmã de 20 anos, mas, conforme informou a mãe, o companheiro não abusou dela e nem da filha de quatro anos que ele tem com a mulher. A mãe também foi ouvida na delegacia e disse que até agosto não sabia dos abusos. O homem, contudo, ainda não foi preso.
A delegada Lia Valechi informou que encaminhará o inquérito para o Poder Judiciário que julgará o caso.