Após alta de casos de COVID-19 e ocupação máxima de leitos da Unidade Intensiva de Terapia (UTI), em Três Corações, no Sul de Minas, os comerciantes que quiserem continuar com os estabelecimentos abertos vão precisar assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O novo decreto para frear o avanço do novo coronavírus na cidade começou a valer nesta segunda-feira (14/12).
Nesta segunda, a cidade registrou mais uma morte em decorrência da doença. A vítima é um homem de 52 anos, com comorbidades, que estava internado na UTI.
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Na semana passada, a UTI do Hospital São Sebastião atingiu 100% dos leitos de COVID-19. Foram 245 testagens positivas, mais três mortes confirmadas e o dobro de pacientes internados em menos de um mês.
Para tentar amenizar o problema, a Prefeitura de Três Corações publicou um decreto restringindo o funcionamento do comércio na cidade.
Restrições em bares e restaurantes
O documento proíbe bares e restaurantes de receberem o público e libera o funcionamento apenas como delivery. Eventos que promovam aglomerações também estão proibidos por um período de 10 dias.
Comerciantes protestaram contra a decisão da administração municipal, que começou a valer só depois da formatura de Escola de Sargento das Armas (Esa), na sexta-feira (11/12) da semana passada.
“Os números de infectados e de óbitos têm crescido de forma exponencial no município de Três Corações, por isso tornou-se necessária a adoção de medidas mais rigorosas pelo comitê, pelos próximos 10 dias, para evitar aglomerações naturais da época de final de ano”, explica a Procuradoria-Geral do Município.
Em protesto, os comerciantes se reuniram na prefeitura com cartazes e conseguiram uma reunião. A administração municipal analisou o pedido e decidiu que os empresários que optarem continuar com o comércio aberto vão precisar assinar um TAC.
O documento está disponível no site da prefeitura. “Aquele que não quiser assinar, segue a regra de fechamento, com apenas serviço de delivery”, afirma.
Já quem assinar e desrespeitar as regras pode pagar multar que chega a R$ 5 mil, além da interdição imediata do estabelecimento.
"O uso de máscara, disponibilização de álcool em gel e distanciamento social continuam sendo obrigatórios. No caso de restaurantes self-service, os responsáveis precisam fornecer luvas descartáveis, fiscalizar o uso das máscaras e cuidar da fila dos clientes ao se servirem”, finaliza.