Um homem acusado de assassinar a tiros a garota de programa J.M.C., em 14 de outubro de 2008, foi absolvido pela Justiça em julgamento realizado nesta segunda-feira (14/12), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. De acordo com a setença, não houve provas incriminatórias suficientes para condenar John Henrique Vilela, considerado o autor do crime, que ocorreu no Bairro Pindorama.
A vítima foi atingida por disparos de arma de fogo na porta de sua casa. Segundo o processo, o homicídio foi encomendado pela irmã de uma outra garota de programa, que contratou o atirador. O motivo do crime seria a disputa por um quarto de um hotel localizado na Rua dos Guaicurus, zona boêmia da capital.
A disputa pelo quarto gerou um desentendimento entre elas e a irmã da primeira garota de programa se envolveu também no episódio. A denúncia relata que essa irmã procurou outro acusado que intermediou a contratação de um atirador por R$ 2 mil.
O advogado de defesa de John contou que o verdadeiro autor dos disparos tinha o mesmo nome do acusado e semelhanças físicas parecidas. Na época do crime, uma testemunha do crime apontou que John seria o atirador por meio de um reconhecimento fotográfico. Mas o acusado afirmou que estava em casa com sua esposa ou na casa da sogra, como de costume.
Os jurados acolheram a tese da defesa de que o reconhecimento fotográfico baseado em semelhança física e a coincidência de um prenome não eram provas suficientes da participação de John no crime. Outros dois acusados – a mandante do crime e o intermediário –, não foram julgados porque morreram, respectivamente em 2014 e 2015, antes do julgamento.