Jornal Estado de Minas

COVID-19

UFMG disponibiliza ultrafreezers para armazenar vacinas contra a COVID-19

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou nesta terça-feira (15/12) que colocará à disposição da Prefeitura de Belo Horizonte, ultrafreezers, com capacidade de temperaturas inferiores a 70 graus negativos, para armazenar possíveis vacinas contra a COVID-19A conversa aconteceu entre o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e a reitora professora Sandra Regina Goulart Almeida, em reunião realizada na semana passada na PBH. Pelos menos 15 desses equipamentos, utilizados nos laboratórios da universidade, já estariam disponíveis.



Ainda não é possível dizer o número exato de ultrafreezers que serão cedidos temporariamente à PBH, uma vez que a aquisição das vacinas está em processo de definição. Cada equipamento consegue estocar cerca de 80 mil doses de vacinas. O número desses equipamentos disponíveis será informado após planejamento e rearranjo logístico entre os laboratórios da Universidade, pela Pró-reitoria de Pesquisa, buscando reorganizar a demanda e utilização desses equipamentos entre eles, assim que a Universidade for informada pelas autoridades sanitárias sobre a compra das vacinas e a real necessidade de armazenamento nos ultrafreezers da Instituição, informou a instituição federal.

Na sexta-feira (11/12), o secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, disse, em entrevista aoEstado de Minas, que a prefeitura conta com 12 ultrafreezeres, com temperatura de 120 graus negativos. A vacina da Pfizer precisa ser armazenada a temperaturas de -70 e -80 graus. Cerca de 20 mil servidores da área da saúde participarão da vacinação nos 152 centros de saúde da capital. Os profissionais de saúde estão no primeiro grupo a receber o imunizante, seguido por idosos, pessoas com doenças que tragam complicações para a COVID-19 e indígenas. E ainda disse que a capital tem pronta toda a logística para promover a vacinação da população contra a COVID-19. “Se a vacina chegar hoje, amanhã já conseguimos vacinar”.

A reitora Sandra Goulart reiterou 'a disposição da UFMG em atuar junto às autoridades competentes no enfrentamento ao coronavírus, evidenciando a solidariedade de toda a sua comunidade científica, de modo a apoiar ações emergenciais de vacinação contra a COVID-19'.





De acordo com ela, 'as ações já realizadas no enfrentamento à COVID-19 e as que ainda podem ser desenvolvidas com o apoio da UFMG só reafirmam seu compromisso social, como universidade pública, com a pesquisa, seja ela desenvolvida em seus laboratórios por seus pesquisadores ou por meio de parcerias científicas com outras instituições, com o poder público ou com a iniciativa privada”.

São em torno de duas centenas de pesquisas relacionadas à COVID-19 em andamento na UFMG. Entre elas, as que buscam o desenvolvimento de uma vacina brasileira e a testagem de duas outras. O número inclui projetos de quase todas as áreas do conhecimento

A UFMG, desde o início da pandemia, em março, realizou cerca de um terço de todos os testes PCR feitos no estado, por meio do Coolabs COVID-19, que faz parte do Programa Cooperativa de Laboratórios da UFMG, criado para sistematizar o atendimento às demandas da sociedade.





O projeto Coolabs COVID-19, baseado no consórcio de sete laboratórios da universidade, realiza, em média, cerca 800 testes diariamente e têm capacidade para até 2 mil testes diários, o que já ocorreu em períodos de picos de testagens no estado. Do início de março até esta segunda-feira (14/12), os laboratórios que compõem a rede já realizaram 93.167 testes de diagnóstico (do tipo RT-PCR) para a COVID-19.

A logística para a vacinação ficou pronta na capital, segundo o secretário de saúde, com a aquisição de 2,5 milhões de seringas e 4 milhões de agulhas e, até março, serão comprados outros 2 milhões de seringas. O secretário municipal de Saúde também afirmou que BH tem capacidade de armanezamento de vacinas que precisam ser guardadas em baixas temperaturas, como a da Pfizer, já adotada pelo Reino Unido, onde a vacinação já teve início.

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