A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou nesta terça-feira (15/12) que colocará à disposição da Prefeitura de Belo Horizonte, ultrafreezers, com capacidade de temperaturas inferiores a 70 graus negativos, para armazenar possíveis vacinas contra a COVID-19. A conversa aconteceu entre o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e a reitora professora Sandra Regina Goulart Almeida, em reunião realizada na semana passada na PBH. Pelos menos 15 desses equipamentos, utilizados nos laboratórios da universidade, já estariam disponíveis.
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A reitora Sandra Goulart reiterou 'a disposição da UFMG em atuar junto às autoridades competentes no enfrentamento ao coronavírus, evidenciando a solidariedade de toda a sua comunidade científica, de modo a apoiar ações emergenciais de vacinação contra a COVID-19'.
De acordo com ela, 'as ações já realizadas no enfrentamento à COVID-19 e as que ainda podem ser desenvolvidas com o apoio da UFMG só reafirmam seu compromisso social, como universidade pública, com a pesquisa, seja ela desenvolvida em seus laboratórios por seus pesquisadores ou por meio de parcerias científicas com outras instituições, com o poder público ou com a iniciativa privada”.
São em torno de duas centenas de pesquisas relacionadas à COVID-19 em andamento na UFMG. Entre elas, as que buscam o desenvolvimento de uma vacina brasileira e a testagem de duas outras. O número inclui projetos de quase todas as áreas do conhecimento.
A UFMG, desde o início da pandemia, em março, realizou cerca de um terço de todos os testes PCR feitos no estado, por meio do Coolabs COVID-19, que faz parte do Programa Cooperativa de Laboratórios da UFMG, criado para sistematizar o atendimento às demandas da sociedade.
O projeto Coolabs COVID-19, baseado no consórcio de sete laboratórios da universidade, realiza, em média, cerca 800 testes diariamente e têm capacidade para até 2 mil testes diários, o que já ocorreu em períodos de picos de testagens no estado. Do início de março até esta segunda-feira (14/12), os laboratórios que compõem a rede já realizaram 93.167 testes de diagnóstico (do tipo RT-PCR) para a COVID-19.
A logística para a vacinação ficou pronta na capital, segundo o secretário de saúde, com a aquisição de 2,5 milhões de seringas e 4 milhões de agulhas e, até março, serão comprados outros 2 milhões de seringas. O secretário municipal de Saúde também afirmou que BH tem capacidade de armanezamento de vacinas que precisam ser guardadas em baixas temperaturas, como a da Pfizer, já adotada pelo Reino Unido, onde a vacinação já teve início.