A Operação Segunda Pele do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu em Minas Gerais, nesta quinta-feira (17/12), 13 mandados de prisão e 34 mandados de busca e apreensão após investigações da Polícia Civil, Ministério Público (MP) e Receita Estadual.
Os presos são suspeitos de fazer parte de organização criminosa que praticou sonegação tributária e lavagem de capitais, praticados no setor de comércio de couro, derivado do abate de animais.
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Três pessoas são presas por comércio ilegal de combustível no Norte de MinasPolícia Civil fecha o cerco contra comércio ilegal de peças de veículos e apreende R$ 500 milOperação prende 10 pessoas por comércio ilegal de combustível na BR-153, em PrataOs mandados de busca, apreensão e prisão, cumpridos com o apoio da Polícia Militar, foram executados no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Zona da Mata, Vale do Aço, Sul de Minas, Centro-Oeste e Norte do estado.
Segundo informações do Gaeco, foram cumpridos os seguinte mandados:
- Patrocínio: seis mandados, sendo dois de busca e quatro de prisão
- Campo Belo: um mandado de busca
- Paranaíba: dois mandados, sendo um de busca e um de prisão
- Carangola; um mandado de busca
- Muriaé: um mandado de busca
- Itaúna:um mandado de busca
- Abaeté:dois mandados de busca
- Januária: um mandado de busca
- Uberaba:4 mandados, sendo 2 buscas e 2 prisões
- Nova Era: 14 mandados, sendo 13 buscas e 1 prisão
- Prata: um mandado de busca
- Uberlândia: 11 mandados, sendo 4 prisões e 7 buscas
- Santa Vitoria: dois mandados, sendo uma prisão e uma busca.
Durante coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (17), na Receita Estadual, em Uberaba, os responsáveis pela operação de cada órgão de segurança pública falaram sobre como funcionava o esquema criminoso de sonegação fiscal. A organização criminosa adquiria couro de frigoríficos e abatedouros de animais em Minas Gerais e os vendia para outros estados, utilizando pessoas físicas e jurídicas para o não pagamento do imposto devido.
Segundo informações do Gaeco, o esquema criminoso causou prejuízo de R$ 62 milhões aos cofres públicos e poderá ultrapassar R$ 100 milhões após auditoria do Fisco. Os valores foram contabilizados nos últimos cinco anos.
Ainda segundo o Gaeco, o nome da operação faz referência ao couro, produto principal usado no esquema criminoso voltado à sonegação tributária. "O homem primitivo somente alcançou e habitou as regiões mais frias do planeta graças ao uso do couro dos animais caçados. Como uma segunda pele, o couro era usado para agasalhar, calçar e proteger do rigor do frio", diz nota do Gaeco.