A fila para o atendimento no Instituto de Olhos Ciências Médicas chamou a atenção de quem passava pela Rua Pouso Alegre na manhã desta sexta-feira. A unidade, que atende pacientes encaminhados pelo Serviço Único de Saúde (SUS) de todo o estado fica no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte.
Leia Mais
Poços de Caldas: Polícia Civil faz mutirão para reduzir fila para exames de motorista Aglomerados, pacientes de risco aguardam por cerca de 40 minutos em fila na Farmácia de MinasComércio no Natal em BH: assista à coletiva do prefeito Alexandre KalilInstituto de Olhos muda de endereço em Belo Horizonte“Se for colocar de dois metros (entre as pessoas), vai para uns três quarteirões”, comentou o aposentado Gerson Caldeira dos Santos, de 77 anos, um dos que aguardava atendimento após entrar na fila às 7h30. Segundo ele, os primeiros grupos começarma a ser chamados para entrar por volta as 8h.
Morador do Bairro Jardim Europa, na Região de Venda Nova, ele estava no local hoje para marcar uma consulta e pegar medicamentos para a esposa. Acostumado a ir ao instituto algumas vezes por ano, ele atribuiu a fila aos problemas da pandemia.
“Com essa complicação, piorou muito para as pessoas. Antes da pandemia era mais rápido. Peguei a fila aqui e devo sair meio-dia”, comentou, dizendo também que a espera pelo dia da consulta pode passar de um mês.
“Com essa complicação, piorou muito para as pessoas. Antes da pandemia era mais rápido. Peguei a fila aqui e devo sair meio-dia”, comentou, dizendo também que a espera pelo dia da consulta pode passar de um mês.
Apesar dos problemas com a espera, o apoosentado não fez apenas críticas. Ele destacou que os funcionários do instituto seguem todos os protocolos de segurança. “Tem tudo, uma pessoa na porta atendendo, medindo a temperatura. De vez em quando vem um funcionário e conversa com a gente, olha os papéis”, comentou.
“O atendimento é ótimo, o difícil é chegar até ele. As pessoas reclamam é da falta de médico, de ficar três ou quatro horas na fila. Mas, chegou até o médico, é rápido e atendem com todo o carinho. É de primeira qualidade, por isso a fila é grande”, pontuou Santos.
Administradora responde
O Instituto de Olhos Ciências Médicas é administrado pela Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), responsável pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.
Por meio de nota enviada à reportagem, a Feluma atribuiu o aumento na quantidade de pacientes à demanda reprimida por conta da suspensão dos atendimentos em meses anteriores durante a pandemia da COVID-19.
Segundo o site da instituição, a unidade realiza cerca de 500 atendimentos por dia, normalmente. A Feluma também negou que haja falta de médicos e diz que a unidade deve mudar de instações em breve. Leia o posicionamento na íntegra:
"O Instituto de Olhos Ciências Médicas de Minas Gerais (IOCM-MG), mantido pela
Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), em resposta à solicitação esclarece:
- O aumento expressivo dos atendimentos é consequência da demanda represada
durante os meses de suspensão, devido à pandemia da COVID-19.
- A distribuição de colírio é feita, continuamente, aos pacientes conforme a
necessidade e pertinência dos casos, dentro da periodicidade correta e adequada que é de três em três meses, tempo devido para avaliar o efeito da utilização da
medicação usada e ter o correto acompanhamento.
- A equipe está completa e adequadamente formada para atender os pacientes. O
Instituto de Olhos reestruturou e reforçou a equipe de profissionais atuantes no
acolhimento, triagem, registro e assistência aos pacientes. Os horários para
atendimento foram escalonados e a área de acolhimento e consultas foi
redimensionada, oferecendo uma capacidade maior.
- As medidas de segurança para evitar contaminações têm sido, criteriosamente,
seguidas pelo Instituto de Olhos, com todos os protocolos e medidas de segurança
estipulados pelos órgãos oficiais de Saúde, com o devido distanciamento e medidas
de proteção. Para orientar sobre o distanciamento na fila, há profissionais atuando
junto aos pacientes e foi feita demarcação por meio de sinalização no piso. A
obediência a esse fluxo requer também conscientização das pessoas.
Além disso, em breve, o Instituto de Olhos Ciências Médicas de Minas Gerais estará
funcionando em novas instalações, com ampliação dos serviços e do número de
atendimentos à população usuária do SUS."