A fila para o atendimento no Instituto de Olhos Ciências Médicas chamou a atenção de quem passava pela Rua Pouso Alegre na manhã desta sexta-feira. A unidade, que atende pacientes encaminhados pelo Serviço Único de Saúde (SUS) de todo o estado fica no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte.
“Se for colocar de dois metros (entre as pessoas), vai para uns três quarteirões”, comentou o aposentado Gerson Caldeira dos Santos, de 77 anos, um dos que aguardava atendimento após entrar na fila às 7h30. Segundo ele, os primeiros grupos começarma a ser chamados para entrar por volta as 8h.
Morador do Bairro Jardim Europa, na Região de Venda Nova, ele estava no local hoje para marcar uma consulta e pegar medicamentos para a esposa. Acostumado a ir ao instituto algumas vezes por ano, ele atribuiu a fila aos problemas da pandemia.
“Com essa complicação, piorou muito para as pessoas. Antes da pandemia era mais rápido. Peguei a fila aqui e devo sair meio-dia”, comentou, dizendo também que a espera pelo dia da consulta pode passar de um mês.
“Com essa complicação, piorou muito para as pessoas. Antes da pandemia era mais rápido. Peguei a fila aqui e devo sair meio-dia”, comentou, dizendo também que a espera pelo dia da consulta pode passar de um mês.
Apesar dos problemas com a espera, o apoosentado não fez apenas críticas. Ele destacou que os funcionários do instituto seguem todos os protocolos de segurança. “Tem tudo, uma pessoa na porta atendendo, medindo a temperatura. De vez em quando vem um funcionário e conversa com a gente, olha os papéis”, comentou.
“O atendimento é ótimo, o difícil é chegar até ele. As pessoas reclamam é da falta de médico, de ficar três ou quatro horas na fila. Mas, chegou até o médico, é rápido e atendem com todo o carinho. É de primeira qualidade, por isso a fila é grande”, pontuou Santos.
Administradora responde
O Instituto de Olhos Ciências Médicas é administrado pela Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), responsável pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.
Por meio de nota enviada à reportagem, a Feluma atribuiu o aumento na quantidade de pacientes à demanda reprimida por conta da suspensão dos atendimentos em meses anteriores durante a pandemia da COVID-19.
Segundo o site da instituição, a unidade realiza cerca de 500 atendimentos por dia, normalmente. A Feluma também negou que haja falta de médicos e diz que a unidade deve mudar de instações em breve. Leia o posicionamento na íntegra:
"O Instituto de Olhos Ciências Médicas de Minas Gerais (IOCM-MG), mantido pela
Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), em resposta à solicitação esclarece:
- O aumento expressivo dos atendimentos é consequência da demanda represada
durante os meses de suspensão, devido à pandemia da COVID-19.
- A distribuição de colírio é feita, continuamente, aos pacientes conforme a
necessidade e pertinência dos casos, dentro da periodicidade correta e adequada que é de três em três meses, tempo devido para avaliar o efeito da utilização da
medicação usada e ter o correto acompanhamento.
- A equipe está completa e adequadamente formada para atender os pacientes. O
Instituto de Olhos reestruturou e reforçou a equipe de profissionais atuantes no
acolhimento, triagem, registro e assistência aos pacientes. Os horários para
atendimento foram escalonados e a área de acolhimento e consultas foi
redimensionada, oferecendo uma capacidade maior.
- As medidas de segurança para evitar contaminações têm sido, criteriosamente,
seguidas pelo Instituto de Olhos, com todos os protocolos e medidas de segurança
estipulados pelos órgãos oficiais de Saúde, com o devido distanciamento e medidas
de proteção. Para orientar sobre o distanciamento na fila, há profissionais atuando
junto aos pacientes e foi feita demarcação por meio de sinalização no piso. A
obediência a esse fluxo requer também conscientização das pessoas.
Além disso, em breve, o Instituto de Olhos Ciências Médicas de Minas Gerais estará
funcionando em novas instalações, com ampliação dos serviços e do número de
atendimentos à população usuária do SUS."