O aumento da ocupação de leitos dos hospitais da rede privada em Belo Horizonte preocupa hospitais e profissionais da saúde. Boletim epidemiológico sobre COVID-19 divulgado pela prefeitura nesta segunda-feira (21/12) mostra que os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para pacientes com COVID-19 na rede particular tem lotação 42,83% superior ao Sistema Único de Saúde (SUS).
alertou à população das classes mais privilegiadas que pretendem fazer festas neste fim de ano: “Aconselho a todos que acham que cartão de plano de saúde é uma vacina que consultem os hospitais particulares que frequentam, para ver a situação dos hospitais que estão, hoje, estrangulados. Então, antes de fazer festa e farra, ou seja, o que for, vá ao hospital e veja se ele ficar doente, se tem lugar para internar”.
Os números são realmente preocupantes. Em relação à sexta-feira, a ocupação dos leitos públicos reservados para a doença caiu enquanto a da rede privada subiu. Quando o prefeito fez a afirmação, o boletim da PBH apontava que a rede privada tinha 78,5% dos leitos de terapia intensiva e outros 61,3% de enfermaria ocupados, contra 62,6% de UTI e 63,2% enfermaria na rede pública.
Em coletiva de imprensa realizada na sexta-feira (18), o prefeito Alexandre Kalil, juntamente com o Comitê de Enfrentamento à COVID-19 da capital, Os números são realmente preocupantes. Em relação à sexta-feira, a ocupação dos leitos públicos reservados para a doença caiu enquanto a da rede privada subiu. Quando o prefeito fez a afirmação, o boletim da PBH apontava que a rede privada tinha 78,5% dos leitos de terapia intensiva e outros 61,3% de enfermaria ocupados, contra 62,6% de UTI e 63,2% enfermaria na rede pública.
No informe desta segunda, as vagas de hospitais particulares em UTI e enfermarias estavam comprometidas em 82,7% e 68,6%, respectivamente, contra 57,9% de UTI e 64,2% enfermaria na rede pública. Grandes hospitais particulares de Belo Horizonte confirmam o aumento dos casos atendidos de contaminação pelo novo coronavírus e de suspeita de infecção, assim como da procura em pronto-socorro.
“É muito importante neste momento que tenhamos consciência da importância de preservarmos leitos de CTI (Centro de Terapia Intensiva) para COVID, já que esse número está subindo muito. A rede privada, neste momento, tem os seus números muito maiores que a rede pública. No entanto, a rede pública e a rede suplementar funcionam como um sistema de vasos comunicantes”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, durante a coletiva de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte realizada na sexta-feira.
“O que acontece em uma impacta na outra. Temos visto muitos pronto-atendimentos de hospitais privados lotados, muitas das vezes com pessoas que não precisam estar lá”, afirmou.
“É muito importante neste momento que tenhamos consciência da importância de preservarmos leitos de CTI (Centro de Terapia Intensiva) para COVID, já que esse número está subindo muito. A rede privada, neste momento, tem os seus números muito maiores que a rede pública. No entanto, a rede pública e a rede suplementar funcionam como um sistema de vasos comunicantes”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, durante a coletiva de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte realizada na sexta-feira.
“O que acontece em uma impacta na outra. Temos visto muitos pronto-atendimentos de hospitais privados lotados, muitas das vezes com pessoas que não precisam estar lá”, afirmou.
Pressão maior no atendimento
Para responder à demanda maior sobre os leitos disponíveis, hospitais da capital mineira ofertam mais equipamentos, adotam medidas para desafogar as áreas de urgência e atuam com programa de triagem on-line. As medidas são resultado do avanço dos números da doença respiratória apresentados esta semana pelo comitê de enfrentamento à COVID-19 da Prefeitura de BH.
No Hospital Vera Cruz, a ocupação dos leitos de CTI exclusivos para COVID-19 já chega a 80% e os de enfermaria COVID estão 60% ocupados. Médico da unidade afirma que o aumento das internações tem sido progressiva nas últimas quatro semanas. “Há cinco semanas notamos um aumento menor, em torno de 10% e isso veio se repetindo e aumentando progressivamente nas últimas quatro semanas. Isso quer dizer ainda que estamos vivenciando o segundo pico de pacientes não só contaminados, mas também muito graves de COVID-19”, afirma Rogério Sad, médico intensivista e coordenador do Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade.
“Estamos sofrendo com as consequências dos novos infectados. Está nos parecendo que esses pacientes estão com gravidade maior porque a ocupação da terapia intensiva está maior que nas enfermarias”, acrescenta.
Rogério Sad acredita ainda que a doença tem acometido cada vez pessoas mais novas e se preocupa com as festas de fim de ano. “Em uma percepção minha, parece que desta vez tem um grupo mais jovem do que foi na ‘primeira onda’ em junho. Naquela época o sistema privado ‘explodiu’ antes, como acontece agora de novo”, afirma o médico que recomenda a manutenção das medidas sanitárias, como distanciamento social, higienização das mãos e utilização de máscara.
“Estamos vivendo essa segunda fase de aumento relacionado ao relaxamento das pessoas. Me preocupa muito as festas de fim de ano. Eu adoro o Natal, a passagem de ano, mas dessa vez tem que ser restrito”, alerta.
“Estamos vivendo essa segunda fase de aumento relacionado ao relaxamento das pessoas. Me preocupa muito as festas de fim de ano. Eu adoro o Natal, a passagem de ano, mas dessa vez tem que ser restrito”, alerta.
Preocupação na linha de frente
O médico intensivista ressalta que os profissionais de saúde, guerreiros da linha de frente contra a doença, estão enfrentando pressão no trabalho desde março, com a chegada do novo coronavírus no Brasil e alerta que, se o aumento de casos não parar, o sistema pode colapsar “O nosso sistema não vai aguentar se continuar nessa situação. Fiquem em casa, respeitem as recomendações. Ainda temos leitos e capacidade de atendimento, mas o sistema está cansado. Estamos lidando com a COVID-19 há 10 meses. Pacientes graves, famílias sofrendo. Todos estamos passando por um estresse psicológico muito grande. Se cada um de nós puder contribuir, isso realmente vai nos ajudar muito. Não vamos parar com a luta jamais, mas estamos exauridos.A Unimed informou que para assegurar o atendimento aos seus clientes, a unidade vem adequando sua estrutura e tomando medidas para o enfrentamento da pandemia. Dessa forma, entre os dias 22 de dezembro a 17 de janeiro, as cirurgias eletivas dos clientes do Sistema Unimed serão suspensas temporariamente na rede credenciada.
“As festas de fim de ano nos preocupa porque o número de casos está crescendo e, em janeiro, devem aumentar ainda mais. O nosso foco é priorizar os leitos para pacientes confirmados ou com suspeita da doença e preservar todos que têm maior risco de morte. Nosso principal objetivo neste momento é concentrar os nossos esforços para assegurar a oferta de leitos diante do grande aumento da demanda”, afirma o diretor de Provimento de Saúde da Unimed-BH, José Augusto Ferreira.
“A rede conta com 1,3 milhão de clientes. Nesta semana, 450 pacientes internados na Rede Unimed-BH (casos suspeitos e confirmados), sendo 1/3 estão internados em CTIs”, completa. Foi aplicado o atendimento na consulta on-line com capacidade atual de 2 mil consultas e foi criado um serviço de pronto-consulta para pequenas urgências clínicas nos Centros de Promoção da Saúde Unidade Santa Efigênia e Pedro I.
Para apoiar o atendimento no vetor norte, a Unimed-BH também está transformando o Centro de Promoção da Saúde Pedro I em uma unidade hospitalar. Já o Hospital Infantil São Camilo, que é referência no atendimento pediátrico, foi adaptado para a internação clínica de pacientes adultos com suspeita ou confirmação de COVID-19.
Alerta para o Natal
A cooperativa alerta ainda para uma tendência de agravamento desse cenário em função das festas de fim de ano. Por isso, durante as confraternizações e como medida para reduzir o contágio, a Unimed-BH orienta que a população crie a sua “bolha de fim de ano”. A sugestão é reunir, durante as festas, apenas um grupo pequeno de familiares que já fazem parte do convívio social, de preferência em um local aberto e seguindo todas as orientações como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento. Mesmo com a “bolha de fim de ano”, o ideal é que o cuidado seja redobrado com as pessoas que fazem parte de grupo de risco.Em novembro, o Hospital Madre Teresa, que fica na Região Oeste da capital, suspendeu, devido ao fato de a ocupação de leitos no setor COVID-19 ter atingido o seu limite, o atendimento dos pacientes com sintomas gripais ou suspeita de infecção no Pronto Atendimento (PA). No boletim diário do hospital mostra que ontem a unidade tinha 10 pacientes internados em terapia intensiva e 16 em enfermaria por causa de infecção pelo novo coronavírus. A assessoria de imprensa não informou a totalidade de leitos que dispõe. Em contato diretamente com o setor de gestão de leitos do hospital, a reportagem foi informada que o número só é repassado aos órgãos governamentais.
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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