O rodízio de CPF em Mariana, Região Central de Minas Gerais, durou apenas quatro dias. Após o SJ Supermercados ter entrado com ação judicial alegando queda no movimento, a medida que previa combater aglomeração de pessoas foi cancelada no dia 21/12.
Ciente da decisão judicial, a Secretaria de Saúde voltou atrás e cancelou a Resolução para os outros 7 supermercados que estavam na lista do rodízio.
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PM de Minas poderá prender em caso de descumprimento de isolamento Zema anuncia reforço da PM para evitar aglomerações em festas de fim de anoMariana implanta rodízio de CPF para entrar em supermercadosConfirmado com COVID-19, prefeito de Mariana, Duarte Júnior, vai para UTI COVID-19: Mariana aperta cerco contra festas de Natal e réveillonDe acordo com o Secretário de Saúde de Mariana, Danilo Brito, a rede de supermercados que tem duas unidades na cidade entrou com mandado de segurança alegando queda de 50% de venda.
“O supermercado confirmou que nós conseguimos diminuir a aglomeração de pessoas nesse período. Nós entendemos que a pessoa que deixou de ir naquele dia, foi no dia seguinte, então a gente entendeu que foi uma medida acertada”, disse.
De acordo com a ação movida pelo SJ Supermercados, os supermercados fazem parte de serviços essenciais de abastecimento e, além disso, a escolha de apenas 9 supermercados da cidade foi injusta, pois permitiu o funcionando normal dos outros estabelecimentos que atuam no mesmo ramo de atividade.
Na decisão, a juíza Marcela Oliveira Decat, da comarca de Mariana, alega que os municípios que aderirem ao Plano Minas Consciente devem assegurar que os serviços de hipermercado, supermercados e mercados sejam mantidos em funcionamento mesmo estando na onda vermelha, pois são considerados serviços essenciais e indispensáveis para a sociedade.
Ainda segundo o secretário de saúde, janeiro vai ser um mês difícil para a população de Mariana devido ao reflexo das festas de fim de ano.
“Faço um alerta: como secretário vejo um momento muito difícil em questão de falta leitos, mas faço também um apelo para a população que se for confraternizar que seja com o seu núcleo familiar e evite deslocamentos e aglomerações. A gente pede, mas têm pessoas que acham que não vai acontecer nada com elas, ai quando acontece, já pode ser tarde”, completa.