A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estimou que apenas 10% das pessoas declaram que estão cumprindo o isolamento rigoroso em Minas Gerais, apesar do recrudescimento dos casos de COVID-19.
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Segundo os dados da PNAD, enquanto, em outubro, 12% dos mineiros – ou seja, 2,55 milhões de pessoas – estavam no grau máximo de isolamento, em novembro este número se reduziu para 2,3 milhões (10,8%). Em julho, quando este dado passou a ser coletado, o percentual era de 21,2%.
Os dados do mês de novembro mostram que, na faixa etária que vai dos 30 aos 49 anos, apenas 2,8% dos mineiros declararam ter ficado rigorosamente isolados. Já dos 50 aos 59 anos, este percentual sobe para 4,6%, atingindo 6,3% na faixa dos 14 aos 29 anos.
Entre a população mineira que tem 60 anos ou mais, o índice de isolamento é de 16,7%. A faixa etária que ainda guarda o maior distanciamento social é a de 0 a 13 anos, com 29,6% em isolamento rigoroso.
Tanto no Brasil quanto em Minas, a pesquisa registrou, no mesmo período, um aumento do número de pessoas que declararam ter reduzido o contato, mas continuaram saindo de casa e/ou recebendo visitas.
Se, em outubro, este grupo representava 44,5% dos mineiros, o percentual chegou a 46,2% em novembro – ou seja, mais de 9,85 milhões de pessoas. Outro crescimento detectado foi o do número de pessoas que declararam não ter feito nenhuma restrição de contato devido à pandemia. Eram 1,02 milhão de pessoas (4,8%) em outubro e 1,1 milhão (5,2%) em novembro, em Minas Gerais.
No Brasil
Segundo o IBGE, entre os 211,7 milhões de brasileiros, quase a metade, ou seja, (46,2%) reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa em novembro. Apenas 11,1%, ou 23,5 milhões, ficaram rigorosamente isolados.
Do total, 10,2 milhões (4,8%) não fizeram nenhuma medida de restrição e 79,3 milhões (37,5%) ficaram em casa e só saíram por necessidade básica.
Testagem baixa
Minas Gerais continua sendo uma das unidades da federação que menos realiza testes de diagnóstico de COVID-19 em sua população. Até novembro 10,5% da população mineira fez este tipo de teste, o que representa 2,24 milhões de pessoas.
No Brasil, o percentual de testados é de 13,5%. Até outubro, Minas Gerais estava na frente apenas de Pernambuco e Acre em relação ao número de testados.Já em novembro, o estado também superou Alagoas, que testou 10,3% da sua população até este mês.
Há uma variação significativa no índice de testagem nos diferentes estados. Os que menos testaram são os já citados Acre (8,8%), Pernambuco (9,3%), Alagoas (10,3%) e Minas Gerais (10,5%). Por outro lado, a unidade da federação com o maior percentual de testes realizados é o Distrito Federal (25,6%), seguida por Goiás (20,7%) e Piauí (20,6%).
Taxa de desocupação se mantém estável
A pesquisa estimou que, no final de novembro, a taxa de desocupação em Minas Gerais era de 12,5%, isto é, havia 1,3 milhão de pessoas desocupadas. A taxa é estatisticamente estável em relação ao mês de outubro, quando o percentual foi de 12,2%. O índice nacional de desocupação no período foi de 14,2%, também se mantendo estável em relação a períodos anteriores.
A média do estado esteve abaixo da nacional durante todo o período pesquisado, que vai de maio a novembro.
Na Região Sudeste, Minas Gerais é o estado com menor taxa de desocupação. Nesta região, o estado com a maior taxa, em novembro, é o Rio de Janeiro (16,5%), seguido por São Paulo (14,5%) e Espírito Santo (13,0%).
Entre outubro e novembro, o Nordeste foi a única grande região brasileira que apresentou aumento nos níveis de desocupação; as demais regiões mostraram estabilidade em seus percentuais.
Em novembro, a maior taxa de desocupação foi registrada no Nordeste, com 17,8%, seguida pelo Norte (15,4%) e Sudeste (14,3%). A região Centro-Oeste registrou 12,2% e o Sul teve o menor percentual de desocupação no mês, com 9,3% da sua população desocupada.
Auxílios governamentais
Em novembro, 2,8 milhões de lares mineiros receberam algum auxílio governamental referente à pandemia da COVID-19, o que representa 38,8% do total de domicílios. Esta taxa revela uma queda de 0,7 ponto percentual em relação a outubro, quando 39,5% dos domicílios foram beneficiados.
Entre os benefícios estão o Auxílio Emergencial, a complementação de salário que o governo oferece pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e outros auxílios disponibilizados pelo governo estadual e por prefeituras.
Em todo o Brasil, 41% dos lares receberam algum tipo de auxílio governamental no mês de novembro. Além da redução no número de domicílios que recebem o benefício, também foi detectada uma queda no valor médio recebido. Em Minas Gerais, o preço médio passou de R$ 688,00 em outubro para R$ 532,00 em novembro.
*Estagiária sob supervisão