Nas últimas semanas, uma polêmica toma conta de Tiradentes, na Região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais, cuja Paróquia Santo Antônio é vinculada à Diocese de São João del-Rei. O padre Alisson André Sacramento, desde julho de 2019 como pároco, nega a acusação de que teria proibido o Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia de entrar nas igrejas.
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"Temos congados históricos, centenários, em louvor aos santos negros, a exemplo de São Benedito e Santa Efigênia. Não se trata de descriminação ou preconceito. Já conversei com o bispo da diocese e os padres", disse o padre.
Outro ponto de divergência diz respeito às características espíritas desse congado, pois, conforme o Capitão Prego, o ritual é necessário "para desencarnar esses irmãos que estão nesses lugares". O padre ressalta que a Igreja Católica prega a ressurreição e não reencarnação. O Estado de Minas não conseguiu falar com o Capitão Prego.
Quatro templos têm obras concluídas
Na semana do Natal, quatro templos católicos (igrejas e capelas) de Tiradentes têm obras de restauração e conservação concluídas, as quais serão conhecidas pela comunidade na terça-feira (29). A primeira, que demandou maior intervenção e terá cerimônia às 19h, é a capela Santo Antônio do Canjica, alvo de muitas alterações ao longo do tempo.
Segundo o padre Alisson André Sacramento, titular da Paróquia Santo Antônio, à qual a capela está vinculada, houve troca do piso de granito pelo de madeira e dos nichos do altar para receber as imagens restauradas de Santo Antônio e São João de Deus, um crucifixo e um oratório.
Os recursos são do Fundo Municipal de Cultura, gerenciado pela Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura de Tiradentes, sendo proponente do projeto o Instituto Histórico Geográfico de Tiradentes, com apoio do Conselho Municipal de Cultura e escritório técnico da Superintendência em Minas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Outra obra a ser conhecida no dia 29, também executada com recursos do Fundo Municipal de Cultura, se refere a toda a parte elétrica da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que fica em frente da cadeia, no Centro Histórico. "Foi feito tudo mesmo, trocada toda a fiação", afirma o pároco.
Foi feita também a pintura das capelas Nossa Senhora do Pilar, na comunidade de Elvas, tombada pelo município, e São Francisco de Paula. Já com recursos da paróquia, fruto da colaboração dos dizimistas, foi feita a parte elétrica dessas duas capelas. No total, foram empregados recursos no valor de R$ 200 mil, sendo R$ 180 mil do Fundo Municipal de Cultura.