Os lojistas de Belo Horizonte garantem estar concentrando esforços no cumprimento de protocolos sanitários para evitar a disseminação do novo coronavírus. Uso de máscaras, distanciamento e disponibilização de álcool gel são algumas das estratégias dos comerciantes em tempos de pandemia. Representantes do setor asseguram que os estabelecimentos têm feito de tudo para respeitar as regras da prefeitura.
Para Nadim Donato Filho, presidente do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), as atividades comerciais não são responsáveis pelo aumento nos casos da infecção na capital mineira.
“O comércio, hoje, não é um dos motivos do aumento da COVID-19. A gente está tranquilo nesse ponto. O Sindilojas tem comentado muito isso com a prefeitura. Todos os lojistas estão preparados e os funcionários muito bem instruídos, com máscaras, bem como os clientes. Há muito respeito (aos protocolos) e preocupação”, sustenta.
O médico infectologista Edimilson Migowski, pesquisador da Universidade Federal de Janeiro (UFRJ), crê que a reabertura do comércio não explica o crescimento de contaminações.
“Eles voltaram a trabalhar em agosto. Em setembro, outubro e novembro não houve aumento de casos e, agora, sim. Provavelmente a população se cansou. Os cidadãos acabam negligenciando o primeiro pilar do combate à COVID-19, que é o o uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos”, diz.
O Sindilojas -BH estima que os consumidores têm ficado por cerca de 15 minutos no interior de um estabelecimento. Antes, o período médio variava entre 30 e 40 minutos. A mudança ocorreu por conta do coronavírus. “O tempo de permanência do consumidor nas lojas foi reduzido a um terço”, afirma Nadim.
Nesta terça-feira (29/12), ao divulgar nota pedindo que o Executivo municipal não feche as lojas em janeiro, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) argumentou que as vendas natalinas retraíram 68,2% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) e seu Comitê de Enfrentamento à COVID-19 se reúnem nesta quarta (30) para definir os rumos da cidade ante a pandemia em janeiro. Os comerciantes defendem que as atividades não sejam paralisadas. Nadim Donato mantém conversas com o grupo que aconselha Kalil. Entre eles, está o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto.
“Belo Horizonte já está vazia. O hipercentro, as galerias e os shoppings centers estão com movimento muito fraco. Não há a necessidade de fechar o comércio. Isso não vai colaborar para a redução da COVID-19”, opina o lojista.
“BH pode, e deve, estimular o primeiro pilar, que é o uso da máscara, o distanciamento e o álcool 70%, principalmente manter as atividades econômicas em locais com algum controle, como shoppings, galerias e grandes lojas, bem estruturadas, além de reforçar que as pequenas lojas sigam os protocolos. Tem que haver monitoramento quanto a isso”, ressalta o epidemiologista Migowski.
“Se a população tiver todos os cuidados rigorosos, não vamos ter problemas”, resume Nadim.
Para Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), os protocolos adotados em Belo Horizonte são satisfatórios. Ele é outro a defender o envolvimento popular no cumprimento das medidas. “As medidas previstas no protocolo da prefeitura são eficazes e cumprem, de forma satisfatória”.
Edimilson Migowski estrutura o combate à pandemia em três pilares. Além das medidas preventivas, encampa a bandeira da necessidade de identificar, o mais rápido possível, os possíveis primeiros sintomas, e a medicação precoce. Ele é defensor da utilização da Nitazoxanida. Uma das fórmulas mais populares do composto é o vermífugo Annita.
Recentemente, estudo publicado pelo periódico European Respiratory Journal apontou que a substância ajuda a reduzir a carga viral ocasionada pela infecção. Um dos partidários do medicamento é o ministro da Ciência e Tecnologia, o ex-astronauta Marcos Pontes.
Para o infectologista, os três pilares de contenção da pandemia evitam a necessidade de medidas mais rígidas. “Ou você permite que o comércio instalado legalmente opere, ou dá oportunidade ao comércio irregular de operar. O comércio irregular não tem fiscalização ou controle. A pessoa que vai trabalhar se expõe menos que quando vai tomar cerveja com os amigos. Não está provado que o lockdown tenha trazido benefícios. Ao contrário: está provado que o lockdown trouxe grandes prejuízos emocionais e econômicos, além de fazer com que o diagnóstico de outras doenças seja adiado”./
Para Nadim Donato Filho, presidente do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), as atividades comerciais não são responsáveis pelo aumento nos casos da infecção na capital mineira.
“O comércio, hoje, não é um dos motivos do aumento da COVID-19. A gente está tranquilo nesse ponto. O Sindilojas tem comentado muito isso com a prefeitura. Todos os lojistas estão preparados e os funcionários muito bem instruídos, com máscaras, bem como os clientes. Há muito respeito (aos protocolos) e preocupação”, sustenta.
O médico infectologista Edimilson Migowski, pesquisador da Universidade Federal de Janeiro (UFRJ), crê que a reabertura do comércio não explica o crescimento de contaminações.
“Eles voltaram a trabalhar em agosto. Em setembro, outubro e novembro não houve aumento de casos e, agora, sim. Provavelmente a população se cansou. Os cidadãos acabam negligenciando o primeiro pilar do combate à COVID-19, que é o o uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos”, diz.
O Sindilojas -BH estima que os consumidores têm ficado por cerca de 15 minutos no interior de um estabelecimento. Antes, o período médio variava entre 30 e 40 minutos. A mudança ocorreu por conta do coronavírus. “O tempo de permanência do consumidor nas lojas foi reduzido a um terço”, afirma Nadim.
Nesta terça-feira (29/12), ao divulgar nota pedindo que o Executivo municipal não feche as lojas em janeiro, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) argumentou que as vendas natalinas retraíram 68,2% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Clamor por apoio popular
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) e seu Comitê de Enfrentamento à COVID-19 se reúnem nesta quarta (30) para definir os rumos da cidade ante a pandemia em janeiro. Os comerciantes defendem que as atividades não sejam paralisadas. Nadim Donato mantém conversas com o grupo que aconselha Kalil. Entre eles, está o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto.
“Belo Horizonte já está vazia. O hipercentro, as galerias e os shoppings centers estão com movimento muito fraco. Não há a necessidade de fechar o comércio. Isso não vai colaborar para a redução da COVID-19”, opina o lojista.
“BH pode, e deve, estimular o primeiro pilar, que é o uso da máscara, o distanciamento e o álcool 70%, principalmente manter as atividades econômicas em locais com algum controle, como shoppings, galerias e grandes lojas, bem estruturadas, além de reforçar que as pequenas lojas sigam os protocolos. Tem que haver monitoramento quanto a isso”, ressalta o epidemiologista Migowski.
“Se a população tiver todos os cuidados rigorosos, não vamos ter problemas”, resume Nadim.
Para Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), os protocolos adotados em Belo Horizonte são satisfatórios. Ele é outro a defender o envolvimento popular no cumprimento das medidas. “As medidas previstas no protocolo da prefeitura são eficazes e cumprem, de forma satisfatória”.
Outros pilares
Edimilson Migowski estrutura o combate à pandemia em três pilares. Além das medidas preventivas, encampa a bandeira da necessidade de identificar, o mais rápido possível, os possíveis primeiros sintomas, e a medicação precoce. Ele é defensor da utilização da Nitazoxanida. Uma das fórmulas mais populares do composto é o vermífugo Annita.
Recentemente, estudo publicado pelo periódico European Respiratory Journal apontou que a substância ajuda a reduzir a carga viral ocasionada pela infecção. Um dos partidários do medicamento é o ministro da Ciência e Tecnologia, o ex-astronauta Marcos Pontes.
Para o infectologista, os três pilares de contenção da pandemia evitam a necessidade de medidas mais rígidas. “Ou você permite que o comércio instalado legalmente opere, ou dá oportunidade ao comércio irregular de operar. O comércio irregular não tem fiscalização ou controle. A pessoa que vai trabalhar se expõe menos que quando vai tomar cerveja com os amigos. Não está provado que o lockdown tenha trazido benefícios. Ao contrário: está provado que o lockdown trouxe grandes prejuízos emocionais e econômicos, além de fazer com que o diagnóstico de outras doenças seja adiado”./