O secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado Pinto, voltou a falar sobre o risco de colapso do sistema público se o cidadão da capital mineira continuar se infectando pelo novo coronavírus de maneira acelerada.
Leia Mais
'Não existe passaporte para festa', diz infectologista da PBHInfectologista: 'Nosso objetivo não é penalizar ninguém, mas salvar vidas' Kalil: BH fecha se os números não baixarem em uma semanaCOVID-19: leitos de enfermaria ficam próximos de 70% de ocupação em BHApós ameaça de Kalil, CDL chama comércio de 'vitrine da conscientização'
“Como já foi dito pelo prefeito (Alexandre Kalil), as equipes, principalmente intensivistas, estão saturadas pelo número de pessoas que estão tendo que atender”, completou
Segundo Jackson Machado Pinto, a prefeitura consegue comprar leitos junto à iniciativa privada, mas a situação da rede suplementar é ainda mais complicada. “Estamos vendo que os leitos da rede privada estão mais ocupados que os da rede pública”.
A solução, de acordo com o secretário, passa pela conscientização da população mais uma vez. A PBH tem tido muito receio com um potencial crescimento de casos na cidade nas próximas semanas por causa do período de festas e das viagens de férias.
“Caso aconteça uma contaminação maciça, que vá demandar um número muito grande de leitos tanto de enfermaria quanto de CTI, nós corremos o risco de ter gente morrendo na rua”, afirmou o secretário.
Redução da oferta
Desde agosto, a prefeitura tem reduzido a oferta de leitos da rede SUS para a COVID-19. O número pode ser consultado diariamente por meio do boletim epidemiológico e assistencial da PBH, divulgado sempre nos dias úteis.
Em agosto, por exemplo, a cidade fornecia à população infectada 424 unidades de terapia intensiva. No último balanço, de terça (29/12), no entanto, essa quantidade era de 249.
“Nós reduzimos realmente o número de leitos no boletim porque muitos dos hospitais diziam que tinham x leitos, mas alguns desses leitos estavam bloqueados por falta de pessoal para fazer aquele leito funcionar. Então, o leito aparentemente estava disponível, mas na verdade não estava. Nós só conseguimos receber essas informações dos hospitais agora recentemente”, disse Jackson Machado Pinto.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
- O que é o pico da pandemia e por que ele deve ser adiado
- Veja onde estão concentrados os casos em BH
-
Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casa
-
Animais de estimação no ambiente doméstico precisam de atenção especial
-
Coronavírus x gripe espanhola em BH: erros (e soluções) são os mesmos de 100 anos atrás