O avião, um jato Learjet bimotor equipado para atendimento médico, que se acidentou durante a tentativa de pouso no Aeroporto JK, Diamantina, no Vale do Jequitinhonhha, na manhã deste sábado (2/1), foi contratado para transportar um homem, de 62 anos, cardiopata, que estava em Coluna (no Vale do Mucuri) – e não para transportar um paciente com COVID-19, conforme foi divulgado.
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Conforme apurou a reportagem do EM, o jato de transporte aeromédico, que pertence à empresa Brasil Vida Táxi Aéreo, foi contratado para o transporte de um paciente cardiopata. Ele faz uso de marca-passo, é morador da cidade de São Paulo e estava em Coluna (8,9 mil habitantes), para onde viajou para o réveillon. O homem se sentiu mal e foi transportado em uma ambulância de Guanhães (Vale do Rio Doce) por 200 quilômetros até Diamantina, a fim de embarcar até São Paulo no Learjet.
Mas quando a ambulância com o paciente já se encontrava no aeroporto, durante a aterrissagem a aeronave se acidentou, ultrapassando a cabeceira da pista e parando em um barranco com mata de cerrado, conforme mostram os vídeos divulgados nas redes sociais. O acidente aconteceu por volta das 9h.
As vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), que enviou ao local três viaturas de resgate, visando também controlar a situação da aeronave e impedir um possível incêndio ou explosão.
O local do acidente foi isolado pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar, ficando no aguardo dos trabalhos periciais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB), responsável por averiguar as causas de incidentes da aviação civil no Brasil.
A empresa Brasil Vida Taxi Aéreo, sediada em Goiânia (GO), providenciou um outro avião para o transporte do paciente, cuja identidade não foi revelada. Ele deixou Diamantina por volta de meio-dia, em direção a São Paulo.
Por meio de nota, a empresa Brasil Aéreo informou que “foi contratada para uma missão particular” no município de Diamantina. A proprietária da aeronave disse que “o jato possui todas as certificações e autorizações necessárias válidas junto à Agência Nacional de Aviação Civil(Anac), portanto, perfeitamente apto a operar em qualquer parte do Brasil”.
Garantiu ainda que “o avião opera com manutenção rigorosamente em dia, sob responsabilidade de empresa devidamente certificada”. “A empresa comunicou à Aeronáutica sobre o evento, a quem caberá determinar as causas do acidente”, diz a nota.
Os feridos leves foram identificados pelo Corpo de Bombeiros como sendo o enfermeiro João Carlos Barbosa, de 35 anos, a médica Amanda Gabriela Dourado, de 24, e o copiloto Eduardo Valim Macena, de 30 anos. O piloto Mauricio de Carvalho, de 32, não se feriu.
A Brasil Vida Táxi Aéreo informou que parte da equipe que teve ferimentos leves “está sendo transferida para Goiânia em uma aeronave enviada pela empresa. A companhia de transporte aeromédico revelou ainda que “está prestando todo o suporte aos colaboradores que viajavam a trabalho, bem como permanece à disposição das autoridades para colaborar com as informações que forem necessárias”.